Alívio. Este foi o sentimento que as jogadoras da seleção brasileira feminina de vôlei tiveram depois de conseguirem a classificação para as quartas de final da Olimpíada, depois da fácil vitória por 3 a 0 sobre a Sérvia. Elas, porém, admitiram um certo desespero com a situação crítica na última rodada, já que não dependiam apenas do resultado da partida contra as europeias para avançarem.

"Quando a gente chegou no ginásio e vimos que a Turquia estava ganhando de 13 a 8 dos Estados Unidos bateu mesmo o desespero. A gente pensou 'não é possível que isso vai mesmo acontecer', revelou a ponteira Natália, em entrevista ao Sportv.  "É uma angústia muito grande quando você não depende só de suas forças, e os últimos dias foram todos assim", completou Zé Roberto.

Com o triunfo neste domingo, as comandadas de José Roberto Guimarães chegaram aos sete pontos conquistados e ficaram com o quarto lugar do grupo. Assim, a rival das quartas de final será a poderosa Rússia, atual campeã mundial, na terça-feira, às 11h (de Brasília). Mas nada que tire a confiança das atletas brasileiras, que, em Londres, tentam o bicampeonato olímpico.

"Agora é mata-mata, é agora que vale. Classificamos, sabíamos que tinhamos condição e que não tínhamos jogado bem os primeiros jogos. Agora o Brasil chegou", afirmou a oposto Sheilla. "Vai ser um jogão, digno de final olímpica. Foi a final do Mundial em 2010, e agora nós estamos aí para chegar no ouro", completou Sheilla, autora de 12 pontos na partida.

O Brasil chegou à última rodada não dependendo só de suas forças para avançar. Depois de duas vitórias e duas derrotas nos quatro primeiros jogos, precisava vencer a Sérvia de qualquer maneira, e torcer por uma derrota contra a Turquia, principalmente depois que a China venceu a Coreia do Sul por 3 a 2, e, com o resultado, as duas seleções asiáticas foram às quartas.