Seleção masculina de vôlei faz 3 a 2 na Sérvia e deve fugir da carrasca Polônia

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • REUTERS/Ivan Alvarado

    Jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei comemora ponto na vitória sobre a Sérvia

    Jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei comemora ponto na vitória sobre a Sérvia

O Brasil encarou um rival forte, mas mostrou firmeza, suou e venceu a Sérvia por 3 sets a 2 (22-25, 25-15, 20-25, 25-22 e 15-9). Com o resultado, a equipe de Bernardinho assume o segundo lugar do Grupo B dos Jogos Olímpicos e deve fugir dos poloneses, carrascos recentes da equipe, nas quartas de final - o resultado positivo garantiu a seleção na próxima fase.

Agora o Brasil é o segundo e tem oito pontos, dois a menos que os Estados Unidos e o mesmo que a Rússia, com vantagem no set average. Para confirmar a vice-liderança, a equipe de Bernardinho ainda precisa bater a Alemanha, quarta colocada, na rodada decisiva, para decidir quem é o segundo lugar nos critérios de desempate.

Na prática, porém, não faz muita diferença, já que nas Olimpíadas o primeiro de um grupo disputa com o quarto do outro, mas os confrontos entre segundos e terceiros colocados saem de um sorteio. Neste cenário, o adversário do Brasil nas quartas deve sair da disputa entre Argentina, Bulgária e Itália, que estão embolados no meio da tabela da outra chave.

A Polônia, que deve ser líder do Grupo A, seria o pior rival nas quartas. Na última Liga Mundial, foram quatro derrotas em cinco confrontos contra a equipe que venceria o torneio e hoje é uma das favoritas ao título olímpico.

O resultado apertado deste sábado mostra que o Brasil pode encarar os rivais, mas ainda tem problemas a resolver. Apesar da ausência de grandes resultados nos últimos anos, a Sérvia é considerada uma equipe difícil, que ainda briga por classificação em Londres.

Brasileiros em Londres - dia 8
Brasileiros em Londres - dia 8

No primeiro set, o Brasil deixou a equipe rival escapar com vacilos no bloqueio, que irritaram o técnico Bernardinho. Depois de ter contra si uma desvantagem considerável, a seleção ameaçou reagir, mas foi frustrada por três erros de serviço em momentos cruciais do jogo, sendo dois deles de Lucão e um de Bruninho.

A derrota inicial por 25 a 22 serviu para acordar o time, que melhorou justamente no que mais falhou na primeira parcial, os saques. Foram 6 aces, sendo três só de Murilo, que fez a diferença para o Brasil, levando o jogo de 8 a 7 a 13 a 7, dando a vantagem à equipe verde-amarela. A recepção do time também esteve impecável, com 85% de aproveitamento. Como a Sérvia também sentiu o baque, não foi difícil para a equipe fechar em 25 a 15, em apenas 23 minutos.

Só que o conforto durou pouco. O Brasil até começou melhor o terceiro set, com Serginho dando show de vibração quando a equipe assumiu o comando no placar no início. Aos poucos, no entanto, a equipe voltou a vacilar. O ataque, especialmente Leandro Vissotto, vacilou e deu o set de bandeja para os sérvios no fim, por 25 a 20.

Não por acaso, o oposto começou a quarta parcial no banco. Wallace e Rodrigão, na rede na vaga de Lucão, ajudaram a melhorar o aproveitamento do time. A ameaça veio da arbitragem, que cometeu alguns erros que irritaram a equipe. No momento mais tenso do set, Murilo encarou os sérvios na rede com o dedo em riste, incomodado com uma suposta provocação. Wallace, no entanto, foi frio e decidiu. Quando a Sérvia apertou no fim do set, virou duas bolas difíceis e fez um pontos com uma recepção errada que pegou o time europeu de surpresa.

A vitória por 25 a 22 deu moral e o Brasil entrou firme no tie-break, enquanto os sérvios aparentavam certo desânimo. Wallace, de novo, foi importante como a bola de segurança de Bruninho, e até o bloqueio funcionou bem, com três pontos no fundamento só nesta parcial, que acabou em 15 a 9. 

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