Garota-propaganda de 2016, velejadora quer largar vida de cartola para só competir no Rio
Gustavo Franceschini
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
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AP Photo/Fabian Bimmer
Isabel Swan fazendo campanha por Rio 2016; atleta virou figura carimbada em eventos com a cartolagem
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Isabel Swan, medalhista de bronze em Pequim-2008, é a esportista cuja imagem está mais atrelada aos Jogos de 2016. Mesmo fora da Olimpíada de Londres, ela foi à cidade inglesa também por ser uma espécie de embaixadora do evento, cuja candidatura ela defendeu com unhas e dentes. Agora, ela fala em deixar a vida de cartola que adotou nos últimos anos para chegar na competição não só como garota-propaganda, mas também competindo
“Nesse último ciclo eu trabalhei muito, não só como atleta, mas como administradora também. Quero me preparar para 2016 com mais ajuda, que faltou para Londres. Eu organizei todas as minhas viagens para a Europa, contratei meu técnico. Quero poder pensar só em competir”, disse Isabel Swan.
A velejadora, que é formada em Comunicação, veio a Londres convidada pela Embratel, que a patrocina. Ao lado de um repórter, ela está produzindo reportagens sobre atletas que também têm relação com a empresa, como Cesar Cielo e Sarah Menezes. Em alguns momentos, porém, cumpre agenda como símbolo da Rio 2016, como quando visitou a Casa Brasil, espécie de QG do Comitê Organizador, no último sábado.
“Tenho um papel como embaixador de 2016. Eu defendi a candidatura do Rio em Lausanne [Suíça, sede do COI], em Copenhague [Dinamarca, onde houve a votação que finalmente escolheu o Rio]. Estou acompanhando tudo de perto e está sendo maravilhoso”, disse a velejadora.
Bonita, simpática e esclarecida, Isabel é uma das queridinhas da cartolagem brasileira quando os dirigentes querem promover alguma ação institucional, mesmo não estando exatamente no auge de sua carreira. Ela não se incomoda de ser vista frequentemente ao lado dos cartolas, e vê a associação como algo natural.
“É uma relação muito boa. Você tem acesso, pode conversar. Acho que por enquanto ela não tem nada de negativa. Eu sou formada em comunicação, falo inglês. Eu busco ajudar o esporte brasileiro, porque acredito no potencial transformador que ele tem”, diz Isabel, que relativiza o impacto que sua beleza hoje em dia tem em sua carreira.
“O fato de você chamar atenção ajuda naturalmente o atleta. A mídia vem mais falar com você”, conta a velejadora, que chegou a fazer um ensaio sensual para a revista VIP em 2008. “Eu fiz porque eu curti, porque queria fazer umas fotos bonitas. Acho que foi um período legal, que eu tinha de aproveitar, mas que já passou”, concluiu.