A seleção masculina do Brasil sofreu para vencer a Grã-Bretanha por 67 a 62 nesta terça-feira, na segunda rodada do torneio olímpico de basquete, muito graças ao desempenho atípico no primeiro quarto. A equipe de Rubén Magnano anotou apenas quatro pontos no período, mas preferiu deixar o compromisso exaltando a atuação defensiva contra os donos da casa.

Os brasileiros terminaram os primeiros dez minutos de jogo em desvantagem de 11 a 4, num placar baixo para os padrões internacionais do basquete. No período, o time acertou apenas dois arremessos em 20 tentativas e falhou oito vezes da linha de três pontos.

"Foi uma partida muito difícil. Mas o importante é que o lado defensivo esteve bem. Estivemos firmes em uma das pontas e agora precisamos fortalecer o outro, torna-lo mais sólido", afirmou o técnico Magnano após a partida no complexo olímpico de Londres,.

"O Magnano gosta de ver a gente defendendo bem. Ganhamos porque tomamos 62 pontos, não porque fizemos 67 pontos", endossou o ala-pivô Guilherme Giovannoni.

Sobre o desempenho no primeiro quarto, Marcelinho Huertas preferiu não vincular o aproveitamento baixo de cestas de quadra a sua saída do jogo – o armador cometeu duas faltas nos primeiros minutos e foi preservado por Magnano. O destaque do time brasileiro também descartou o alarmismo e exaltou o trabalho de defesa.

"Não precisamos nos preocupar tanto. Sofremos somente 11 pontos no primeiro quarto, sinal de que a defesa funcionou. A bola realmente não caiu, mas fizemos as decisões certas de arremesso. Se tivesse sido um quarto normal, a gente teria marcado uns 18 pontos, e aí teríamos uma vantagem até confortável. Temos bons chutadores, o importante é não hesitar", opinou o armador Marcelinho Huertas.

Ao todo a seleção brasileira pegou 25 rebotes defensivos e forçou 19 erros da Grã-Bretanha na partida desta terça-feira.

Depois do complicado triunfo sobre a Grã-Bretanha, a seleção brasileira volta à quadra nos Jogos Olímpicos na quinta-feira, às 12h45 (de Brasília). O próximo adversário do time de Rubén Magnano é a Rússia, teoricamente num dos mais difíceis compromissos da fase de grupos.

Contando já com os jogos desta terça-feira, Brasil, Espanha e Rússia lideram o grupo B com duas vitórias em duas partidas disputadas [os russos venceram a China e os espanhóis bateram a Austrália na rodada do dia].