Mega astro da NBA, Kobe Bryant é tratado como mortal por "amigas" do vôlei americano
Gustavo Franceschini
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
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Kirill Kudryavtsev/AFP
Kobe na arquibancada do jogo de vôlei dos EUA; astro não recebeu o tratamento que poderia se esperar
A seleção americana de vôlei feminino fazia um jogo parelho com o Brasil quando a imagem de Kobe Bryant apareceu no telão do ginásio em Londres. Nada que tirasse a concentração da equipe dos Estados Unidos, favorita ao ouro. Acostumadas à presença do astro da NBA, as atletas sequer notaram o jogador, tratado como “mortal” e até com certa indiferença.
“Ele é americano, então faz sentido ele estar aqui. É legal, mas também seria legal se minha família estivesse aí. Eu o respeito muito como jogador, mas aqui na Olimpíada todos somos iguais”, disse a ponteira Logan Tom, uma das estrelas do time norte-americano.
O tratamento é bem diferente do que Kobe está acostumado. Cinco vezes campeão da NBA, ele é uma das estrelas da NBA e costuma ser tratado como rei por onde passa, sempre cheio de seguranças e muito assediado pelo público e pela imprensa.
Na última segunda, Kobe sentou em uma das primeiras fileiras, cercado por dois membros da delegação americana e, em geral, por populares. Sem alarde, prestou bastante atenção no jogo, que terminou com vitória de seu país por 3 sets a 1. Nos intervalos, concedeu alguns autógrafos e deu entrevistas aos veículos com direitos de transmissão dos Jogos, que tinham acesso à área onde ele estava.
O momento em que mais chamou atenção do resto do ginásio foi quando o animador da plateia quis brincar com ele. Em uma versão animada da “câmera do beijo”, que flagra casais na arquibancada para que eles se beijem e apareçam no telão, o ginásio de vôlei em Londres faz a câmera do bongô.
A ideia é que quem aparecer na imagem deve simular que está batucando nos instrumentos de percussão, que aparecem no placar. Quando o animador de torcida chamou Kobe, no entanto, ele dava uma entrevista à TV Record e ignorou a brincadeira, provocando algumas vaias da plateia.
A ligação dele com as meninas não é ocasional. Antes dos Jogos, ele foi chamado para um bate-papo com as atletas, que fizeram uma sessão de perguntas e respostas com ele, com dúvidas como qual é o peso de vestir a camisa do time americano.
“Ele estava aí? Eu não vi. É legal que outros atletas venham nos ver. Tivemos essa chance de falar com ele e foi muito legal. No começo tem aquele fator ‘uau’, mas depois passa. Ele nos tratou como atletas do mesmo nível dele”, contou Christa Harmotto, que assim como Tom não tinha visto o jogador nas arquibancadas e, ao contrário da colega, se mostrou um pouco mais animada com a visita ilustre.