Bernardinho rasga elogios a Ricardinho sobre o retorno do levantador à seleção

Gustavo Franceschini

Em São Bernardo do Campo (SP)

Cinco anos de ausência ainda impedem que Ricardinho brilhe como antes dentro de quadra, mas seu retorno parece já ter impressionado Bernardinho. Mesmo sem grande atuações, o antigo capitão da seleção foi muito elogiado pelo chefe pela maneira como está lidando com os novos companheiros.

“A postura e a atitude em relação ao grupo eu só tenho a agradecer. Não tenho qualquer tipo de anotação a fazer. Este é o último capítulo deles. Poder ter um elenco feliz de estar junto, que é o mais importante na vida, é muito bom”, disse Bernardinho.

O treinador se refere a parte da geração que conquistou o ouro olímpico em 2004. Giba, Serginho, Ricardinho e Dante são alguns dos veteranos que não devem participar do próximo ciclo olímpico. Por isso, Bernardinho trata os Jogos Olímpicos de Londres como uma espécie de despedida do time, que já é uma mescla com novatos em relação ao elenco de oito anos atrás, que ainda tinha nomes como Gustavo e André Nascimento.

“Eu quero que a gente tenha a convicção de que fez o nosso melhor. Seja ouro, prata ou bronze, eu quero que a gente saia sabendo que fez o melhor”, resumiu Bernardinho, falando sobre as expectativas para Londres.

A harmonia que sempre reinou na seleção sofreu um baque em 2007, quando Ricardinho foi cortado às vésperas do Pan do Rio de Janeiro. Afastado da seleção desde então, o levantador, considerado um fora de série na posição, ainda está longe do entrosamento e ideal e faz uma espécie de laboratório na Liga Mundial.

“No jogo de hoje eu segurei um pouco o Murilo e o Dante, porque eles não estão 100% e também porque eu já conheço eles bem. Por isso usei bastante o Wallace no primeiro set, porque eu preciso confiar no meu oposto, que é a bola de segurança. E aí foi uma tática mesmo. Quis começar o jogo abrindo as bolas para nos outros sets, quando estivesse mais adaptado ao ginásio, pudesse tentar usar mais os centrais”, disse Ricardinho, referindo-se à vitória do Brasil nesta sexta, contra a Finlândia.

“O entrosamento do Ricardo com os centrais ainda não é bom. No geral, o Bruno talvez esteja rendendo mais, mas se eu não testar agora, quando eu vou testar o Ricardo?”, explicou Bernardinho, que desde o início da Liga Mundial tem alternado os dois jogadores na função. 

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