Favoritos largam na frente no 1º dia da regata pré-olímpica de Búzios; 470 acirra rivalidade
Do UOL, em São Paulo
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Wander Roberto/Divulgação COB
Isabel Swan e Fernanda Oliveira, com o bronze olímpico em Pequim, hoje rivalizam para ir a Londres
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Competição que definirá nomes do Brasil para os Jogos Olímpicos de Londres, em julho e agosto, a Semana Brasileira de Vela não registrou uma grande surpresa no primeiro dia de regatas.
Seis dos sete barcos que iniciaram o evento em Búzios com vantagem em suas respectivas categorias devido ao desempenho no Mundial de Perth, na Austrália, em dezembro, terminaram na frente nas águas fluminenses. A Semana Brasileira vai até domingo.
O Mundial australiano rendeu aos melhores brasileiros um ponto na corrida olímpica. O segundo e último ponto é disputado agora, no Rio de Janeiro.
A disputa ocorre nas classes, Star, Laser , RS:X e Finn, entre os homens, e Laser Radial, RS:X e 470, entre as mulheres. Se houver empate, ou seja, triunfarem barcos que não têm o ponto de vantagem, haverá uma nova disputa entre os concorrentes, na Espanha.
Se o panorama em Búzios não se modificar nos próximo dias, apenas a classe 470 precisará se valer dessa competição extra. Neste momento, a dupla que obteve a vantagem no Mundial, Martine Grael e Isabel Swan, está atrás da formada por Fernanda Oliveira e Ana Barbachan.
A rivalidade entre as concorrentes, aliás, é grande. Tanta que, após pedido de ambas as duplas, foram colocados juízes na água, como nas competições oficiais de barco contra barco, a fim de monitorar melhor as manobras de cada embarcação e evitar contestações.
Fernanda e Isabel, então juntas, conquistaram em Pequim-2008 a primeira medalha para a vela olímpica do Brasil. Agora, só uma delas irá aos Jogos de Londres.
Nas demais classes, o favoritismo impera, a saber: Robert Scheidt e Bruno Prada, na Star; Bruno Fontes, na Laser; Ricardo “Bimba” Winick, na RS:X; Jorge Zarif, na Finn; Adriana Kostiw, na Laser Radial; e Patrícia Freitas, na RS:X.
"Para nós é importante manter o foco e seguir velejando. Confesso que nosso maior receio aqui é a quebra de algum material. O Star é um barco frágil e precisamos estar atentos”, afirmou Robert Scheidt, dono de quatro medalhas olímpicas (duas de ouro e duas de prata).