Autoridade Olímpica passa a ser órgão do ministério do Esporte, confirma ministro Rebelo

Camila Campanerut

Em Brasília

   A presidente Dilma Rousseff determinou que o órgão Autoridade Pública Olímpica passe a funcionar diretamente subordinado ao Ministério do Esporte e não mais ao Ministério do Planejamento. A informação foi confirmada pelo ministro Aldo Rebelo, durante coletiva esta tarde em Brasília. A APO deve gerenciar todo o processo ligado à preparação do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas 2016.

    Aldo Rebelo, que assumiu o Esporte há 15 dias, explicou que Dilma Rousseff determinou essa mudança semana passada: “A presidente Dilma determinou que vinculação da autoridade do ponto de vista do governo federal seja transferido do ministério do Planejamento para o ministério do Esporte".disse o novo ministro.

    Segundo o ministro a transferência se justifica porque a APO terá uma missão muito mais "ligada ao Esporte".
 

   Aldo Rebelo concedeu uma entrevista coletiva ao lado de Marcio Fortes, presidente da APO. Otimista, Fortes, que está no cargo há alguns meses, fez um resumo do que pretende ser seu trabalho à frente do órgão e não poupou elogios ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

     “Somos um canal para fazer as coisas acontecerem. Não somos correspondentes diretos com o que há em Londres, porque aqui já temos o PAC”, disse Fortes.

    Sobre as dúvidas que ainda pairam sobre a atuação da APO,  Fortes disse que fiscalizará as obras de infraestrutura de transporte, de saneamento, hotelaria, serviços aeroportuários, contratos de trabalhos, entrada de estrangeiros no País e serviços na área financeira.

    "Somos um canal para fazer que as coisas aconteçam. Não somos correspondentes diretos com o que existe em Londres. Porque aqui já temos o PAC. A APO vai coordenar a entrega de todo o trabalho necessário”, resume Fortes.

    Com relação às Olimpíadas de 2016, Fortes não informou qual a previsão de investimento para o evento. Segundo ele, apenas depois da reunião com o COI, em março, eles poderão fechar um valor sobre o montante de recursos.

    A APO trabalha com orçamento para o ano que vem da ordem de R$ 80 milhões para despesas gerais, sem contar com gastos com pessoal. Até o momento, segundo Fortes, a APO conta 15 funcionários nomeados, podendo chegar a 181.

    A reunião com Marcio Fortes foi a primeira dirigida por Aldo Rebelo, desde que assumiu o Ministério do Esporte, no começo do mês. Rebelo substitui Orlando Silva, que se demitiu após ser envolvido em denúncias de recebimento de propinas, a partir de uma rede de ONGs contratadas pelo ministério.

    Orlando Silva está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Ele se afastou do ministério, negando sua participação  no esquema de fraude e desvio de verbas públicas, por meio do programa Segundo Tempo.

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