A equipe de marketing do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Rio-2016 confirmou, neste sábado, a demissão da cúpula da sua direção de marketing. Maggie Sanchez, que já foi executiva de empresas como Microsoft e Vodafone, deixou o cargo com outros dois subordinados. Segundo o Comitê, o problema foi "incompatibilidade de filosofia de trabalho".

A informação foi divulgada em um primeiro momento pelo site Around the Rings, especializado na cobertura de Jogos Olímpicos. Consultada pela reportagem do UOL Esporte, a assessoria do Comitê confirmou a demissão.

"A saída aconteceu por causa de uma incompatibilidade de ideias. O que vocês têm que entender é que o Rio-2016 funciona como uma empresa e até 2016 podem acontecer mudanças. Quem tiver dentro da nossa filosofia vai continuar, quem não tiver pode sair", confirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio.

Maggie Sanchez era a responsável por  toda a direção comercial e pelo marketing do evento. Além dela, David Alstadter, diretor de relacionamento com os patrocinadores, e um outro gerente da pasta também caíram. O Comitê promete emitir uma nota oficial sobre o assunto até a próxima segunda-feira.

Por enquanto, Leonardo Gryner, que já teve a função que era de Maggie Sanchez, vai acumular a função de CEO do Comitê com a de diretor comercial.

O principal papel do setor na organização para 2016 é captar patrocínios para a realização do evento. Desde a escolha do Rio de Janeiro como sede, cada setor do mercado vem sendo explorado separadamente para que se encontrem parceiros em diversas áreas como bancos, seguros, telefonia celular, etc.

O último processo licitatório que estava em curso, no entanto, foi interrompido. O contrato em questão era o de marca esportiva oficial dos Jogos de 2016, com uma disputa que prometia ser muito acirrada entre Nike, Adidas e Olympikus, atual parceira do COB. O Comitê, no entanto, cancelou o processo, alegando que o mercado está mudando e que o espaço será reaberto em um "momento oportuno".

O Comitê nega, no entanto, que o cancelamento da licitação seja a explicação para a queda de Maggie Sanchez. "É uma decisão estratégica do Comitê. Havia uma diferença de filosofia de trabalho", disse Carlos Villanova, diretor de comunicação do Rio-2016.

*Colaboraram Bruno Doro e Roberta Nomura