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Atualizada em 19.12.2015 20h45

Brasil chega a 5 nadadores com índice olímpico em prova favorita de Cielo

Satiro Sodre/SSPress
Com 21s50, Bruno Fratus confirmou em Palhoça o status de maior nadador do Brasil nos 50m livre atualmente imagem: Satiro Sodre/SSPress

Guilherme Costa

Do UOL, em Palhoça (SC)

Cesar Cielo desistiu da primeira seletiva olímpica da natação brasileira, em Palhoça (SC), antes de nadar sua prova favorita – os 50m livre, distância em que foi campeão olímpico (Pequim-2008) e acumulou três títulos mundiais (Roma-2009, Xangai-2011 e Barcelona-2013). Neste sábado (19), ele percebeu que a disputa pelas duas vagas do Brasil na disputa nos Jogos Olímpicos de 2016 ficou bem mais complicada. Cinco atletas já obtiveram índice de classificação para a competição no Rio de Janeiro.

Na sessão disputada no início da noite, Bruno Fratus (21s50), Ítalo Manzine (22s08), Matheus Santana (22s17) e Henrique de Souza Martins (22s25) nadaram abaixo dos 22s27 necessários para classificação para os Jogos Olímpicos. Marcelo Chierighini fez 22s33, mas já havia assegurado um 22s17 na sessão da manhã.

“Ter uma constância na casa do 21s é muito bom. Você está sempre reafirmando e reforçando a própria confiança. É muito bom e muito gostoso”, disse Fratus, que já havia feito 21s37 na quarta-feira (16), na abertura do revezamento 4x50m.

O Brasil pode inscrever até dois nadadores por prova individual dos Jogos Olímpicos. Se três ou mais obtiverem índice, portanto, apenas os donos dos melhores tempos representarão o país. São apenas duas as seletivas nacionais – depois de Palhoça, a última chance será o Troféu Maria Lenk, em abril, no Rio de Janeiro.

“Os 50m livre no Brasil são uma prova muito forte. Sabia que ia ser uma dança das cadeiras, e eu tenho certeza que ainda não tem nada fechado. Temos o Maria Lenk para definir, mas eu quero muito essa vaga”, afirmou Manzine.

Cielo deixou Palhoça na sexta-feira (18), depois de ter feito 49s55 nos 100m livre e 21s44 no revezamento 4x50m (com saída lançada). A competição foi a primeira dele desde o Mundial de Kazan (Rússia), em agosto, no qual o nadador ficou em sexto nos 50m borboleta e também saiu antes dos 50m livre. A diferença é que a justificativa naquela época foi física – uma inflamação no ombro esquerdo –, e a decisão desta semana foi tomada por razões pessoais.

A natação nacional também excedeu o número de atletas com índice nos 100m peito. Além de Felipe França, Felipe Lima e Pedro Cardona, que haviam feito tempo de manhã, João Gomes Júnior conseguiu nesta tarde uma marca suficiente para colocá-lo nos Jogos.

Gomes Júnior nadou os 100m peito em 1min00s00, segundo tempo da prova na seletiva – perde apenas para Felipe França, que fez 59s56 de manhã e 59s62 à noite. Lima tem 1min00s09, e Cardona conseguiu um 1min00s14.

“É bom existir essa briga, até porque vai preparando a gente para chegar lá e encontrar aquele mundaréu na Olimpíada. A disputa não acabou ainda, e eu só comemoro 40% por ter melhorado meu tempo. Meu objetivo maior ainda é carimbar o nome lá e estar no grupo. Não é mais índice; é pelas duas vagas. O importante é bater na frente”, disse Gomes Júnior.

 

Leonardo de Deus obtém segundo índice para a Rio-2016

 

Depois de ter feito tempo suficiente para disputar a Rio-2016 nos 200m costas, Leonardo de Deus fez neste sábado uma marca abaixo do necessário para ter vaga nos 200m borboleta (1min56s97). Ele nadou a prova em 1min56s14.

“Fiz 80 centésimos abaixo nos 200m costas e 90 centésimos abaixo nos 200m borboleta. Isso me deixa um pouquinho mais tranquilo para o ano que vem, até para eu poder fazer um trabalho focado nas Olimpíadas. Saio muito satisfeito. Nadei na casa de 1min56s1. É lógico que a gente esperava ir melhor essa prova, mas pela bateria de competições e pelo cansaço.... Chegar para competir sua principal prova no último dia não é fácil”, avaliou o nadador.

Como nadou os 200m borboleta, Leonardo de Deus abriu mão dos 400m livre, prova em que é recordista sul-americano (3min49s62, tempo inferior aos 3min50s44 do índice olímpico). As duas disputas foram coladas no programa da seletiva olímpica de Palhoça.

“Era uma prova que eu gostaria de nadar aqui, mas que ficou junto com os 200m borboleta. Então, decidi priorizar minhas principais provas, que são o 200m borboleta e o 200m costas. Agora é descansar para vir com tudo no ano que vem”, disse o nadador do Corinthians.

Sem Léo de Deus, Luiz Altamir foi a grande surpresa dos 400m livre. O nadador do Flamengo, que tem 19 anos, fez 3min50s32 e obteve índice olímpico para a prova.

“É um sonho de criança. Eu vou fazer de tudo para tentar pegar 200m livre, 400m livre e talvez o 200m borboleta, também. São as provas em que eu foco bastante”, explicou Altamir.

 

Etiene sobra mais uma vez nos 50m livre

 

Nos 50m livre, prova em que já havia obtido índice olímpico, Etiene Medeiros sobrou novamente. A nadadora do Sesi fez 24s71 na sessão da noite de sábado e confirmou o status de principal nome feminino do Brasil na modalidade.

“Nadar 24s com frequência foi muito bom, mas meu objetivo ainda é fazer 24s5 ou abaixo”, disse a atleta, que havia feito 24s96 na sessão da manhã.

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