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Atualizada em 19.12.2015 19h20

Etiene faz índice olímpico nos 50m livre e confirma "problema" para 2016

Christophe Simon/AFP Photo
Etiene Medeiros já tem índice para duas provas individuais nos Jogos Olímpicos de 2016 imagem: Christophe Simon/AFP Photo

Guilherme Costa

Do UOL, em Palhoça (SC)

A primeira seletiva da natação brasileira para as Olimpíadas de 2016 não começou bem para Etiene Medeiros, 24. Na quinta-feira (17), em Palhoça (SC), ela nadou os 100m costas em 1min00s48 e não atingiu o índice olímpico da prova (1min00s25). Dois dias depois, porém, a realidade mudou. A velocista fez neste sábado (19) um tempo suficiente para disputar os 50m livre nos Jogos do próximo ano e confirmou um problema: como acomodar no calendário todos os eventos em que ela pode estar presente no Rio de Janeiro.

“Agora a gente está meio confuso. Vale a pena sentar com meu técnico e rever o que a gente vai fazer pela frente. Acho que os 100m livre estão incluídos no meu planejamento – não só o revezamento, mas a prova –, mas a gente vai ver de acordo com a programação. Dos 100m costas eu não quero sair, mas preciso conseguir o índice. A gente vai prestar atenção na programação para não chocar nenhuma das provas, mas agora é tentar fazer o máximo possível para construir os índices”, disse Etiene neste sábado.

A nadadora fez os 50m livre em 24s96 – precisava de 25s28 para ter índice para os Jogos Rio-2016. Antes disso, Etiene havia obtido classificação nos 100m livre (fez a prova em 54s26 e ainda derrubou o recorde sul-americano). Com o tempo, ela praticamente assegurou presença no revezamento 4x100m livre, que já está classificado para as Olimpíadas – o Brasil pode inscrever até seis atletas na prova.

“Vamos ver como vai ser a evolução dela para decidir, mas agora não é hora de pensar ou inventar outras provas. É olhar o programa, olhar o calendário e ver o tempo de recuperação de uma prova para outra para ver onde se encaixa melhor”, avisou Fernando Vanzella, técnico da atleta e coordenador da equipe feminina da natação brasileira.

“Para a Olimpíada a gente vai ter de selecionar mais. É importante ter mais de um evento, na minha filosofia. Tem treinador que gosta de focar na prova principal, tira o resto e joga toda a energia ali. Eu acho que no cenário da natação feminina do Brasil é um pouco diferente, e é importante as meninas terem mais de um evento, nadarem o revezamento, entrarem no time e irem construindo a competição. A quantidade de provas que ela vai nadar na Olimpíada a gente não sabe ainda. Agora é estudar com calma e ver as competições em que ela está mais bem rankeada ou quais vão ser as mais importantes”, completou o treinador.

Inicialmente, a ideia de Etiene para a Rio-2016 era nadar o revezamento 4x100m livre, os 100m costas e os 50m livre. No entanto, a nadadora também conseguiu índice para os 100m livre e está perto da marca necessária para os 100m borboleta.

O Brasil tem apenas duas seletivas para a Rio-2016. A próxima chance para Etiene obter as marcas, portanto, é o Troféu Maria Lenk, em abril, no Rio de Janeiro. A competição acontecerá no estádio aquático olímpico e funcionará como evento teste para os Jogos.

“O 100m borboleta ela fez um ano passado muito bom. Nesta temporada ela abriu mão um pouco da prova porque tinha o Pan-Americano e o Mundial, mas é uma prova que a gente usa muito para treino porque exige mais força e mais tração. Mas talvez não seja a principal ou não faça parte do programa olímpico dela”, completou Vanzella.

 

Fratus também confirma índice olímpico nos 50m livre

 

No masculino, Bruno Fratus confirmou índice nos 50m livre. O nadador fez 21s66, tempo superior aos 21s37 que ele havia obtido no revezamento 4x50m livre do Open, mas conseguiu passar com folga pelos 22s27 necessários na prova.

“O Open é uma competição em que o programa não favorece muito o velocista, já que a prova de 50m livre é no fim da competição. Sabendo disso, quarta-feira eu fui para a prova; hoje [sábado] eu vim para o índice. Objetivo cumprido”, disse o nadador.

 

Nos 100m peito, três nadadores conseguem marcas necessárias

 

Na disputa masculina dos 100m peito, fazer o índice já não é suficiente para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016. Neste sábado, três nadadores – Pedro Cardona, Felipe França e Felipe Lima – nadaram abaixo do tempo necessário.

O melhor desempenho foi o de França, que completou o percurso em 59s56. Lima fez 1min00s09, e Cardona nadou em 1min00s41.

“Foi bom. Consegui nadar abaixo do índice. Sempre tem pressão, ansiedade e adrenalina, mas deu tudo certo. Estou treinando bem mais. Não que tenha sido fácil, mas pelo jeito que eu estava, sem estar descansado 100%, foi um excelente tempo”, comemorou França.

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