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Atualizada em 18.12.2015 11h40

Cielo faz 11º tempo e fica distante de índice olímpico nos 100m livre

Satiro Sodre/SSPress
Cielo completou os 100m em 49s55 e passou longe do índice para os Jogos Olímpicos de 2016 imagem: Satiro Sodre/SSPress

Guilherme Costa

Do UOL, em Palhoça (SC)

Fazer um treino mais voltado aos 100m livre não foi suficiente para Cesar Cielo. Depois de ter ficado parado por dois meses por causa de uma lesão no ombro esquerdo e de ter feito apenas dez semanas de treino, o nadador de 28 anos passou longe de obter índice olímpico nesta sexta-feira (18), na seletiva disputada em Palhoça (SC). Com 49s55, ele não obteve sequer classificação para a prova final.

Cielo foi cortado do Mundial de esportes aquáticos de 2015, disputado em Kazan (Rússia), por ter sido acometido por uma inflamação no ombro esquerdo. Depois, parou por dois meses e fez trabalho de fisioterapia com foco na articulação. Quando retomou as atividades, decidiu focar os 100m livre por ser uma prova menos agressiva – a despeito de ser recordista mundial da distância, o nadador vinha priorizando os 50m livre nas últimas temporadas.

No entanto, Cielo não conseguiu índice nos 100m livre na primeira seletiva olímpica do Brasil. O nadador ainda terá uma chance de obter tempo suficiente para a Rio-2016 no sábado (19), quando entrará na disputa dos 50m livre. Depois, a última tentativa será o Troféu Maria Lenk, em abril, no Rio de Janeiro.

“Em relação ao máximo de performance dele, que é excepcional, acho que ele está em uns 70% atualmente”, disse Arilson Silva, técnico do nadador. “Nosso foco aqui [em Palhoça] é testar a articulação e não o desempenho”, completou.

Na prova em que Cielo ficou aquém do índice para a Rio-2016, quatro brasileiros fizeram marcas suficientes. Nicolas Nilo Oliveira (48s41), Matheus Santana (48s71), Marcelo Chierighini (48s85) e Alan Vitória (48s96) nadaram abaixo dos 48s99 necessários para a vaga olímpica.

O Brasil pode inscrever até dois atletas por prova individual dos Jogos Olímpicos de 2016. Se três ou mais obtiverem índice, portanto, apenas os donos dos melhores tempos representarão o país.

No caso dos 100m, o resultado na seletiva oferece outra possibilidade aos nadadores. O Brasil está classificado para o revezamento 4x100m e pode inscrever até seis atletas na disputa da prova nas Olimpíadas.

“Essa prova é bem forte. Está bem dura a briga pelo revezamento, mas vou dar meu máximo. Espero garantir”, disse Matheus Santana. “Temos mais ou menos dez nadadores nadando 48s, e isso só nos favorece. A disputa está bem acirrada”, completou Marcelo Chierighini.

 

Thiago Pereira faz índice para quarta Olimpíada e se despede de Palhoça

 

Nos 200m medley, Thiago Pereira também conseguiu índice para disputar os Jogos Olímpicos de 2016. Ele completou a prova em 1min58s32 – era preciso fazer 2min00s28.

“Eu até me surpreendi com o tempo. Meu objetivo era só fazer o índice, e eu tinha na cabeça apenas eu precisava nadar abaixo dos dois minutos. Foi uma semana bastante cansativa, e eu cheguei anteontem [quarta-feira] à noite dos Estados Unidos. O fuso horário ainda está na cabeça. Mas garantir a vaga para a Rio 2016 era o grande objetivo para fechar com chave de ouro um ano com tantas conquistas. Acho que consigo virar o ano bem mais tranquilo”, disse Thiago, que em 2015 logrou uma medalha no Mundial de Kazan e se tornou o recordista de pódios da história dos Jogos Pan-Americanos.

Acostumado a fazer programas repletos de provas, Thiago não vai nadar sequer a final dos 200m medley em Palhoça. A ideia dele é trocar a passagem e deixar a cidade catarinense ainda na tarde desta sexta-feira. “Estou bem acabado. Fiquei bem surpreso e não imaginava fazer 1min58s3 agora. Não poli para cá e descansei pouco”, relatou.

Na mesma prova, Henrique Rodrigues (1min58s26) fez índice para os Jogos Olímpicos de 2016: “Essa piscina me dá boas recordações. A primeira vez em que eu fiz 1min59s foi aqui, ainda como júnior. Estou bem satisfeito”.

 

Etiene surpreende e faz índice olímpico nos 100m livre

 

Na natação feminina, Etiene Medeiros surpreendeu e fez índice olímpico numa prova que ela nem pretendia incluir no cronograma da Rio-2016. Especialista em nado costas e em provas de 50m, ela concluiu os 100m livre em 54s26 (o índice para  os Jogos era 54s43).

“O planejamento de prova para as Olimpíadas era 4x100m, 100m costas e 50m livre. Então eu não sei como vai ser agora. A gente nem conversou nada sobre os 100m livre. Agora é um caso a pensar”, disse a nadadora.

O índice foi uma redenção para Etiene, que havia saído da piscina na quinta-feira sem um tempo necessário para os 100m costas: “Ficou um pouco na garganta, mas eu queria nadar essa prova [100m livre] por causa do revezamento. Nem estava pensando no índice, mas mais uma vez o esporte provou que nem sempre sai como a gente calcula”.

Nos 200m medley, Joanna Maranhão fez 2min14s42 e ficou perto do índice olímpico – ela precisava completar a prova em 2min14s26. “Foi uma boa prova. Estou nessa pegada de nadar forte de manhã e de tarde. Mesmo não tendo concorrente, é importante fazer força. 2min14s4 de manhã foi bem bacana. Vamos ver o que a gente pode ajustar mais porque essa prova é bem difícil para mim. Tenho de acelerar sem perder eficiência”, comentou a nadadora, que já tem marca suficiente para estar na Rio-2016 nos 400m medley.

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