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Vôlei de praia

Márcio

Na sua segunda Olimpíada, Márcio foi à final e levou a prata depois de perder para os norte-americanos na final em Pequim

Data de nascimento
12/10/73
Local de nascimento
Fortaleza (CE)
Residência
Fortaleza (CE)
Peso e altura
88 kg / 1,92 m
Prova
Masculina
Participação em Pequim
Prata

Aos 35 anos, Márcio disputou em Pequim sua segunda Olimpíada. E, apesar da derrota na final, sua participação em Pequim foi melhor que na estréia. Sem muito destaque, o cearense competiu em Atenas-04 ao lado de Benjamin e não conseguiu passar das oitavas-de-final após uma derrota para os irmãos suíços Martin e Paul Laciga, para quem nunca haviam perdido até então. Em 2008, Márcio esperava escrever uma história diferente ao lado de Fábio Luiz.

“Vamos lá brigar por medalhas. Do contrário, a gente não iria. Para que eu vou viajar para o outro lado do mundo se não for acreditando que posso vencer?”, dizia o jogador, antes de Pequim. Márcio se destaca pelo bom desempenho defensivo e ataques certeiros que já lhe valeram prêmios internacionais.

Para chegar ao pódio, entretanto, Márcio teve, ao lado de Fábio Luiz, adversários de peso. Além das duplas rivais – que incluíram os atuais campeões e compatriotas Ricardo e Emanuel – a dupla comandada pelo técnico Ronald Rocha precisou, em Pequim, superar a má fase que atravessam no circuito Brasileiro e Mundial de 2008.

Logo no primeiro ano em parceria, em 2005, Márcio e Fábio Luiz foram campeões brasileiros e mundiais e ficaram em segundo lugar no circuito mundial. Dali em diante, se mantiveram como a segunda força nacional até serem fortemente ameaçados pelos até então desconhecidos Pedro Solberg e Harley. A pressão dos rivais veio, porém, justamente no pior ano da dupla e, por muito pouco, não escorreu por entre os dedos a classificação olímpica que parecia assegurada no início de 2008.

Márcio e Fábio Luiz abriram o ano com vantagem de 600 pontos sobre Pedro Solberg-Harley. No final da corrida olímpica, que contou os resultados da temporada 2007 e as 12 primeiras etapas do circuito mundial de 2008, apenas 100 pontos separavam as duas duplas. Ambos os times chegaram ao Aberto da França, último torneio classificatório para os Jogos, podendo garantir a vaga.

A situação de Márcio e Fábio Luiz ainda chegou a ficar dramática quando foram empurrados para a repescagem pelos rivais. Tudo parceria perdido até que as duas equipes se reencontraram na semifinal. Com a corda no pescoço, Márcio e Fábio Luiz conseguiram retomar as boas atuações de 2005 e garantiram lugar em Pequim com uma vitória por 2 a 0. No dia seguinte, veio o primeiro título na temporada.