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Ginástica Artística

AP
Experiente, Daniele foi coadjuvante nos Jogos

Daniele Hypólito

Daniele abriu caminho para o sucesso internacional da ginástica brasileira nos Jogos de Sydney, em 2000

Data de nascimento
08/07/1984
Local de nascimento
Santo André(SP)
Residência
Rio de Janeiro (RJ)
Peso e altura
43 kg / 1,47 m
Participação em Pequim
8º lugar por equipes, 37ª no solo, 50ª nas barras, 62ª na trave

Aos 23 anos, Daniele Hypólito foi à China na condição de coadjuvante de Jade Barbosa e até mesmo do irmão, Diego Hypólito. E lá foi exatamente isso que se viu. Bem longe do auge, a ginasta, que disputou sua terceira e última Olimpíada, ajudou a equipe brasileira a alcançar uma inédita decisão por equipes e ficar em oitavo lugar. No entanto, ficou muito longe das finais de solo, barras assimétricas e trave, aparelhos que disputou nas eliminatórias.

Apesar dos resultados inexpressivos em Pequim, Daniele encerra sua carreira olímpica como primeira ginasta de destaque do país, tendo alcançado os até então inéditos 20º e 12º lugares no individual geral em Sydney-2000 e Atenas-2004, respectivamente. A posição, porém, foi superada pela 10ª colocação de Jade Barbosa nos Jogos deste ano.

Aos 15 anos de idade, a paulista praticamente abriu as portas para o surgimento da ginástica artística brasileira no cenário internacional. Nas Olimpíadas de Sydney-2000, a garota de Santo André que havia começado na modalidade em uma associação local foi 20ª colocada no individual geral, à época, o melhor resultado da história do país. Desde então, o esporte nunca mais foi o mesmo.

Mas, antes de atingir o estrelato, Daniele passou por um enorme drama pessoal. Em 1997, um acidente de ônibus quase colocou fim à carreira da jovem ginasta. O desastre ocorreu durante uma viagem da delegação do Flamengo e Daniele sofreu apenas algumas escoriações. Sua técnica Georgette Vidor, porém, ficou paraplégica.

Competindo, a ginasta voltou a surpreender com uma medalha de prata no solo do Campeonato Mundial de 2001. A primeira conquista verde-amarela na competição. Os bons resultados renderam a Daniele um lugar cativo na seleção permanente de ginástica formada em 2002 e comandada pelo técnico ucraniano Oleg Ostapenko, considerado um dos responsáveis pela evolução da modalidade no Brasil. Assim como as outras ginastas, Daniele se mudou para Curitiba.

Mas ela nunca se adaptou muito bem à capital paranaense e chegou a alternar idas e vindas para a base do Flamengo. Antes de viajar aos Jogos de Pequim, estava no Rio de Janeiro e só voltou a Curitiba por questões burocráticas.

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