* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
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Fã de Popó, baiano disputou sua primeira Olimpíada seis anos após iniciar sua carreira no boxe e quase chegou às medalhas
Franzino, Paulo Carvalho ficou conhecido pelos colegas como Paulinho desde que chegou à seleção brasileira de boxe em 2006. O começo, porém, foi diferente de todo o resto.
"Cheguei para lutar contra outro cara para definir quem seria titular. Mas ele não veio e fiquei como o único na minha categoria, sendo titular", conta Carvalho, de 21 anos, um dos mais novos da equipe brasileira.
A primeira grande competição foi o Pan do Rio, mas o baiano deu azar no sorteio e caiu logo na estréia para o norte-americano José Yanes. Na briga pela vaga olímpica, um novo revés em sua primeira luta no Pré-Olímpico de Trinidad & Tobago (derrotado pelo argentino Junior Zarate) levou o pugilista a ter uma última e derradeira chance na Guatemala e Paulinho não desperdiçou.
Na estréia, ele se vingou do argentino Zarate e ganhou por 18 a 7. Animado, o brasileiro derrotou John Nelson Azama, de El Salvador, e o colombiano Oscar Negrete Padilla nas lutas seguintes para assegurar a ida inédita para as Olimpíadas.
Uma prêmio para uma carreira que começou apenas há cinco anos por admirar o conterrâneo Acelino "Popó" Freitas, ex-campeão mundial dos pesos superpenas e leves. Sem pretensões maiores, ele escolheu o esporte porque "precisava praticar alguma atividade".
Porém o sucesso veio rápido. "Aí, disputei o campeonato estreante. Depois fui mudando o ritmo e ficando um pouco melhor", recorda. Para viabilizar o sonho olímpico, ele deixou Salvador, onde treinava na academia Mão de Pedra, a mesma que formou Popó, e mora desde 2006 em Santo André, ao lado da mulher e do filho.
Em Pequim, o baiano pôde comemorar junto a Washington Silva a boa participação brasileira, que em Atenas-2004 só tivera uma vitória. Paulo alcançou as quartas-de-final e ficou a apenas uma vitória de ao menos igualar o bronze de Servílio de Oliveira, conquistado há 40 anos.
A campanha começou com vitória sobre o marroquino Redouane Bouchtouk, por 13 a 7, e outro triunfo de boa expressão, com os 21 pontos a 12 feitos contra Manyo Plange, de Gana. Seu problema foi enfrentar um cubano nas quartas-de-final.
Yampier Hernandez não tomou conhecimento do brasileiro e avançou à semifinal com vitória por 21 a 6. Apesar da despedida, o pugilista de 23 anos, que defende o São Caetano, ainda tem chance de completar mais um ciclo olímpico, rumo a Londres-2012, ou pode partir para os combates profissionais.