* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
Antes de ser pugilista, Everton Lopes foi lavador de carros e peão de obras na Bahia, e se destacou no Mundial Juvenil de 2006
Em 2005, quando tinha apenas 16 anos, o baiano Everton Lopes teve a influência direta de Washington Silva (meio pesado) seu conterrâneo e parceiro de equipe Pan-Americano para seguir a carreira no boxe amador. O boxeador comentava com a mãe quando via o companheiro nos ringues: "Ano que vem eu estarei lá".
Menos tempo do que imaginava, ele já estava lutando por uma vaga na seleção brasileira, que tem sede em Santo André, São Paulo. Logo conseguiu. Atualmente, aos 19 anos, ele já foi campeão brasileiro, medalha de prata nos Jogos Sul-Americanos e oitavo lugar no Campeonato Mundial Juvenil, todos em 2006.
No ano seguinte, já como titular da seleção brasileira, ele foi medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, sendo derrotado apenas pelo cubano Ugas Yordenis. Com o resultado, o baiano se animou e sabia que a vaga olímpica era apenas uma questão de tempo. Mas outro encontro com Yordenis, agora nas semifinais do Pré-Olímpico da América, adiou o sonho por um mês.
Em abril de 2008, enfim, veio a classificação para sua primeira Olimpíada. Sem dar chances aos rivais, ele ganhou quatro lutas no Pré-Olímpico da Guatemala para carimbar o passaporte. Na estréia, Lopes superou o costa-riquenho Carlos Sanchez por 26 a 8. Na seqüência, ele passou pelo dominicano Ricardo Garcia (14 a 3) e pelo venezuelano Jesus Cuadro (8 a 2).
A definição da vaga veio no confronto contra o mexicano Francisco Pelaez e a vitória por 11 a 6 garantiu mais um pugilista em Pequim na maior glória de Lopes, que chegou a ser peão de obras e lavador de carros, antes de pisar pela primeira vez no ringue.
Em Pequim, a inexperiência foi um fator importante na eliminação precoce do brasileiro. Ele perdeu logo na estréia, quando permitiu que o adversário Asylbek Talasbaev, do Quirguistão, abrisse vantagem no placar. Everton chegou a dominar a parte final da luta, mas não venceu a catimba de Talasbaev, sendo derrotado por 9 a 7 e dando adeus, pelo menos temporariamente, ao sonho de colecionar uma medalha olímpica.