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24/08/2008 - 07h20

Véspera da final do vôlei teve abraço com choro e poema de Kipling

Lello Lopes
Em Pequim (China)
Um poema motivacional e um abraço com choro marcaram a preleção na véspera da final entre Brasil e Estados Unidos no vôlei masculino dos Jogos Olímpicos de Pequim.

Sergio Moraes/Reuters
Poeta "Se", do inglês Rudyard Kipling inspirou Bernardinho na preleção da final
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O abraço foi dado entre Giba e Gustavo. O meio-de-rede se despediu da seleção brasileira neste domingo com a derrota de 3 sets a 1 para os norte-americanos na decisão da Olimpíada na China.

"Ontem, o Giba me abraçou e chorou. Hoje fiz a minha última partida. Eu vou sentir falta de tudo isso. O vôlei me fez crescer como pessoa e como atleta. Eu só tenho a agradecer", disse Gustavo.

Mas esse não foi o único momento de emoção na véspera da decisão olímpica. Na preleção, Bernardinho leu um poema do escritor Rudyard Kipling para tentar motivar os atletas.

"Foi um poema que eu ganhei do meu pai e li para os meus 'filhos' ontem. Eu vou continuar lutando por aquilo que é certo. Eventualmente eu vou errar. E vou dizer alguma coisa quando tiver que dizer, doa a quem doer", disse Bernardinho.

O poema em questão é "Se", que fala sobre superação em momentos difíceis e sobre humildade nos tempos de glória.

"Acho que traduz bem aquilo que passei ao longos dos anos, os princípios que tentei passar. Certamente não consegui nota máxima em todos, mas tento fazer. Tenho certeza que esses rapazes fizeram até melhor do que eu. Tenho que agradecer a todos e pedir desculpa por qualquer coisa", completou Bernardinho.

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