Um paredão chamado Phil Dalhausser acabou com a chance de Márcio e Fábio Luiz conquistarem a medalha de ouro no vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Pequim. O norte-americano marcou nove pontos de bloqueio e, ao lado de Todd Rogers, definiu a vitória por 2 sets a 1 na decisão.

"Ele foi muito feliz. Esse tipo de coisa não se vê todo dia. Não acreditava que toda hora ele fosse fazer aquilo ali (bloquear os ataques de Fábio Luiz). Isso mexe com a nossa cabeça. Infelizmente foi o dia dele", lamentou Márcio.

Os bloqueios de Phil foram fundamentais para que a dupla dos Estados Unidos conseguisse abrir uma vantagem inalcançável no terceiro set. E os brasileiros não souberam escapar do paredão.

"A gente executou tudo o que foi planejado e estudado. Mas o Phil começou a jogar de maneira diferente da que vinha jogando. Ele passou a jogar dentro da quadra, fechando mais a diagonal do Fábio. Fomos surpreendidos", analisou Márcio.

Nascido na cidade de Baden, na Suíça, Dalhausser mudou com a família para os Estados Unidos quando tinha um ano de idade. Ele começou a jogar vôlei na faculdade e hoje, com 28 anos, é um dos melhores do mundo, com uma medalha de ouro olímpica no peito.

"Eu sinto como se não pertencesse a isto aqui (o pódio olímpico). Estou muito honrado de ter chegado aonde cheguei. Não poderia estar mais feliz", disse Dalhausser, facilmente reconhecido em quadra pela careca que ostenta.

E não foi apenas na final que os bloqueios de Dalhausser foram decisivos. Ele terminou a Olimpíada como o maior bloqueador do campeonato, com 42 pontos no fundamento, três a mais que o brasileiro Fábio Luiz.

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