UOL Olimpíadas 2008 Notícias

13/08/2008 - 23h55

Em final emocionante, Cielo leva bronze nos 100 m livre

Bruno Doro
Em Pequim (China)
Satiro Sodré/CBDA
César Cielo levou bronze nos 100 m livre, a primeira medalha da natação brasileira
Lavandeira Jr/EFE
Cielo exibe, com orgulho, a quarta medalha de bronze do Brasil nos Jogos de Pequim
Thomas Kienzle/AP
Francês Bernard (d) ficou com o ouro e australiano Sullivan (e), com a prata
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Enquanto todo o mundo olhava para o meio da piscina, o nadador com o pior tempo que caía na água passava despercebido. Grande erro. Na mesma raia em que seu mentor, Fernando Scherer, conquistou a medalha de bronze dos 50 m livre nas Olimpíadas de Atlanta-1996, o paulista César Cielo conquistou a medalha de bronze dos 100 m livre nos Jogos de Pequim.

Cielo obteve o tempo de 47s67, recorde sul-americano da prova, e chegou empatado com o norte-americano Jason Lezak em terceiro. O francês Alain Bernard foi medalha de ouro, com 47s21, seguido pelo australiano Eamon Sullivan, medalha de prata com 47s32.

"Até agora eu não sei ainda como eu fiz isso. Pensei, estou na raia oito, longe da marola. E pior que estava eu não podia ficar. Tentei ir para cima e fiz a minha prova perfeita. Em nenhum momento olhei para o lado", disse o brasileiro, que ficou muito feliz com o seu desempenho na prova.

O brasileiro não conteve a emoção e foi às lágrimas ao falar de seu feito. "É muito bom, parece que era para ser, eu tinha sonhado que tinha ficado em terceiro, mas acordei e falei estou na raia oito. Mas consegui. É muito bom trazer essa medalha para o Brasil".

O medalhista de bronze em Pequim colocou a desvantagem de nadar a última raia como um trunfo para obter um bom resultado. "Foi sem dúvida minha melhor [prova]. Não foi minha melhor saída, mas psicologicamente falando era a que eu estava mais bem preparado. Raia oito foi positivo. Se tivesse na raia quatro iria ficar pensando mais em volta. Usei isso como vantagem pra mim".

Cielo relembrou a tradição do país em ter bons nadadores nas provas de velocidade da natação. "Melhor coisa é trazer o Brasil de volta para o mapa das provas de velocidade. Trazer medalha que não tinha desde 2000 e individual que não tinha desde 96. É uma honra muito grande subir no pódio representando o Brasil".

Em uma prova que teve duas sucessivas quebras de recorde mundial nas eliminatórias, o brasileiro se classificou apenas com o oitavo melhor tempo, o que o deixou sem muitas esperanças de medalha.

"Essa prova quase me mata do coração, quase não encostei o pé na virada. Foi uma prova bem ruim e ainda bem que passei para a final. Na final, tudo pode acontecer e eu vou nadar melhor", previu o brasileiro ao saber que estava garantido na final dos 100 m livre.

César Cielo volta às piscinas nesta quinta-feira para disputas as eliminatórias dos 50 m livre no Cubo D'Água de Pequim.

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