UOL Olimpíadas 2008 Notícias

11/08/2008 - 18h21

Técnico da seleção espera que medalha tire pressão dos judocas

Bruno Doro
Em Pequim (China)
O Brasil chegou a Pequim como um dos favoritos no judô após a campanha vitoriosa no Mundial do Rio de Janeiro. Junto com os três campeões mundiais (João Derly, Tiago Camilo e Luciano Correa) que inscreveu nos Jogos Olímpicos, porém, veio também a pressão pelos resultados.

Dylan Martinez/Reuters
Luiz Shinohara espera que os bronzes ajudem a 'quebrar o gelo' da equipe...
Julio Muñoz/EFE
...e possa tirar a pressão dos judocas brasileiros que ainda não competiram
KETLEYN É DISCRETA AO COMEMORAR
GUILHEIRO PODE MUDAR PREPARAÇÃO
DEIXE SEU RECADO PARA OS JUDOCAS
Técnico do time, o ex-judoca Luiz Shinohara espera que as medalhas de Leandro Guilheiro e Ketleyn Quadros, desta segunda, amenizem a pressão e tornem mais fácil a vida dos outros integrantes do time. Lutam na madrugada desta terça-feira os meio-médios, Tiago Camilo e Danieli Yuri.

"Espero que esse resultado tenha aberto a porta. O Leandro, em sua primeira luta, admitiu que sentiu a pressão, mas depois se soltou. Espero que as medalhas façam com que o nosso time tire o freio de mão", diz Shinohara, olímpico em 1980 e 1984.

Ele até mesmo cita o campeão mundial João Derly, que lutou no domingo, como exemplo. O gaúcho, que vinha de dois títulos mundiais, foi derrotado em sua segunda luta, para o português Pedro Dias e nem mesmo foi à repescagem.

Dois fregueses seus, o japonês Masato Uchishiba, ouro, e o cubano Yordanis Arencibia, bronze, foram ao pódio. Detalhe: os dois já tinham disputado as Olimpíadas e Derly estava estreando. "Olimpíada é diferente, até pelo tamanho. É muito maior. O João sentiu isso. Acho que ele entrou com um pouco de receio, não partiu para cima. O Leandro fez o mesmo em sua estréia, e ele já tinha ido para Atenas", analisa Shinohara.

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