UOL Olimpíadas 2008 Notícias

03/08/2008 - 08h51

Substituído em amistosos, Diego prega coexistência de camisas 10

Bruno Freitas
Em Shenyang (China)
Provável titular na estréia da seleção brasileira de futebol nos Jogos de Pequim, na próxima quinta-feira diante da Bélgica, o meio-campo Diego minimiza a dificuldade de acerto no setor em que atua, que também conta com Ronaldinho Gaúcho, jogador de mesma função em campo, na teoria.

Ng Han Guan/AP
Diego diz apostar na possibilidade de coexistência no time titular com Ronaldinho
VEJA AS FOTOS DO TREINO
THIAGO SILVA MCHUCADO
SELEÇÃO X 'ESPÍRITO OLÍMPICO'
CALENDÁRIO DO FUTEBOL EM PEQUIM
Nos dois amistosos que a seleção de Dunga realizou recentemente na Ásia, antes da chegada à China, Diego foi substituído no decorrer das partidas por Thiago Neves, que conseguiu mostrar serviço com um gol na vitória sobre o Vietnã e uma assistência no triunfo sobre Cingapura.

A despeito dos testes de Dunga no setor de criação, Diego diz apostar na possibilidade de coexistência no time titular com Ronaldinho.

"Somos dois jogadores que atuamos com a camisa 10, mas isso é apenas um detalhe na seleção. Tudo depende de um encaixe, algo que já estamos conseguindo", comentou a estrela do Werder Bremen, inscrito com a camisa 15 nas Olimpíadas.

Nos últimos amistosos de preparação, Ronaldinho atuou mais avançado, quase como um atacante ao lado de Alexandre Pato, em opção tática sedimentada pela formação com três volantes no meio-campo.

Da mesma forma, Diego diz que a presença do trio Lucas, Hernanes e Anderson no meio-campo faz existir uma demanda pessoal por ofensividade. "Venho tendo mais liberdade de jogar na frente, mais à vontade em termos de marcação, com essa responsabilidade", diz.

Neste domingo, após o treino da seleção no Tiexi Sports Center Stadium, debaixo de um escaldante sol, Diego fez questão de assinalar a motivação pessoal de estar com a equipe nacional nas Olimpíadas, em objetivo que lhe custou desgaste de relacionamento em seu clube na Alemanha - o Werder Bremen ameaçou bater o pé contra a Fifa no caso da liberação de seu meia.

"Passei por muitas coisas para estar com a seleção nas Olimpíadas. Além da concorrência pela posição, tive que negociar com meu clube. Mas não foi forçado como muita gente disse. Sempre conversamos a respeito. Tanto que, no dia da apresentação, conversei com eles ao meio-dia e à 1h da tarde estava embarcando", relata o meio-campo.

Compartilhe: