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01/08/2008 - 16h29

Fabiana Murer chega à China e fala em quebrar recorde sul-americano

Bruno Doro
Em Macau (China)
Uma das estrelas do atletismo brasileiro, Fabiana Murer chegou nesta sexta-feira em Macau, na China, falando abertamente em conquistar uma medalha e quebrar o recorde sul-americano do salto com vara. Atualmente, ela é a terceira melhor saltadora do ano, com 4,80 m, melhor marca da sua carreira.

Na frente da brasileira, apenas a recordista mundial Yelena Isinbaeva, da Rússia, com 5,04 m, e da norte-americana Jennifer Stuczynski, com 4,92m. Atrás de Fabiana, o grupo aumenta, com seis atletas saltando entre 4,70 e 4,80 metros.

"Acho que 4,80 é marca para medalha. E, como eu já saltei essa marca, fico mais tranqüila. Não tenho de enfrentar esse negócio de eu tenho que melhorar a minha marca para disputar medalha. Se eu repetir o que já fiz, posso ficar com a medalha. E lógico que eu quero mais, quem sabe quebrar o recorde sul americano nas Olimpíadas", disse a brasileira no estádio da Universidade de Ciência de Macau, horas após ter chegado à China.

O recorde sul-americano já é da brasileira, justamente com seu salto de 4,80 m, de junho, em São Paulo. Medalhista de bronze no Mundial Indoor de Valência neste ano, ela subiu ao pódio com apenas 4,70 m na ocasião.

"Eu estou bem tranqüila. Sei que é difícil conquistar medalha em Olimpíadas e vou para lá fazer o melhor posso. Estou concentrada na técnica para fazer um bom salto e acho que isso pode gerar um bom resultado", confia a saltadora.

Ao lado de Maurren Maggi e Jadel Gregório, Fabiana é uma das estrelas da delegação do esporte mais prestigiado das Olimpíadas. A prova em que ela chegou à elite do esporte, porém, é incomum no país. Em Atenas-2004, nenhum atleta do salto com vara estava na delegação brasileira.

"O salto com vara, nesse ciclo olímpico, evoluiu bastante. Estamos com dois atletas (Fábio Gomes também se classificou) e acho que isso mostra a evolução do Brasil não só nessa prova, mas em todas as provas técnicas", diz a saltadora.

Até domingo, o treinamento da atleta está prejudicado. Ela estava na França e veio para Macau sem suas varas, já que teria problemas para levá-las de Hong Kong para o antigo território português. Seu técnico, Élson Miranda, então, teve de se encarregar do transporte. Ele, porém, só chega em dois dias à cidade.

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