UOL Olimpíadas 2008 Notícias

31/07/2008 - 07h03

Pugilistas apostam na bagagem internacional para irem ao pódio

Maurício Dehò
Em Guarulhos (SP)
A seleção brasileira de boxe optou por observar seus rivais de perto na preparação para as Olimpíadas de Pequim, em busca da primeira medalha desde 1968, com o bronze de Servílio de Oliveira. Para isso, a equipe contou com diversas viagens para o exterior, trazendo uma bagagem internacional maior do que a de Atenas-2004, quando apenas um pugilista ganhou luta.

Reuters
Mais maduro, o paraense Myke Carvalho promete não tremer, como em Atenas
SELEÇÃO SE ENFEITA PARA OS JOGOS
LESIONADO, WASHINGTON COMPETE
Na fase final de preparação, o Brasil viajou para a Romênia, onde disputou torneio e voltou com medalhas com os seus cinco pugilistas - Washington Silva, lesionado, não participou. Depois, foi a vez de visitar a tradicional escola cubana, quando o time passou por outra bateria de treinos.

"Hoje já conhecemos a maioria dos adversários que poderemos enfrentar nos Jogos. Dependendo de um sorteio favorável, estamos preparados para trazer a medalha", disse Myke Carvalho. Após ter admitido que tremeu ao subir no ringue para estrear nos Jogos de Atenas, o paraense promete ter aprendido a lição. "Hoje estou muito mais maduro e tranqüilo".

"Nunca tivemos um apoio como esse e não vamos apenas para participar, almejamos o pódio", defendeu o técnico João Carlos Soares, de origem cubana. "Estivemos na Europa, lutamos com os russos, os lutadores do Cazaquistão, estamos com uma experiência que é inédita para o Brasil".

A preparação nesta temporada foi semelhante à do Pan de 2007, quando o Brasil também teve longos períodos de trabalho com pugilistas internacionais. No Rio, o Brasil conquistou oito medalhas, sendo uma de ouro, com o baiano Pedro Lima.

Mesmo com a preparação, o discurso otimista da delegação se opõe ao histórico brasileiro, de pouca tradição no esporte. Para incentivar os lutadores, a Confederação Brasileira de Boxe dará prêmios dependendo do resultado do pugilista, partindo de R$ 1 mil para quem chegar às quartas-de-final. Se o boxeador ganhar o sonhado ouro olímpico faturará R$ 10 mil.

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