UOL Olimpíadas 2008 Notícias

30/07/2008 - 08h07

Técnico universitário, Krzyzewski diz que não estar na NBA ajuda

Bruno Doro
Em Macau (China)
A escolha de Mike Krzyzewski para comandar a seleção norte-americana de basquete foi quase unânime. Descartando treinadores da NBA, a USA Basketball, a confederação local, apostou no maior nome do basquete universitário. E o fato de não estar na liga profissional é, para o escolhido, um dos seus grandes trunfos.

Flávio Florido/UOL
Técnico universitário é a grande aposta para os norte-americanos
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"Nesse time, os jogadores se entregam completamente. Eles sabem que, daqui a alguns meses, eu não vou enfrentar nenhum deles, nem tentar encontrar um esquema para marcá-los. Ser técnico universitário só ajuda", explica o treinador, de Duke.

Ter sido o escolhido, porém, foi uma surpresa para o próprio Krzyzewski. "Eu achava que não era a escolha mais óbvia. Pensava que o critério principal para se escolher um técnico para a seleção era que o profissional trabalhasse na NBA. E eu não trabalho na NBA. Então, foi uma surpresa quando Jerry (Colangelo, que montou o programa olímpico norte-americano) me convidou".

Para evitar um eventual choque com o mundo dos jogadores da liga profissional, Krzyzewski montou um colegiado. Ao seu lado ele tem Mike D'Antoni, técnico do New York Knicks, e Nate McMilan, do Portland Trail Blazer, além de Jim Boeheim, da universidade de Syracuse. "Na reunião que fizemos logo que chegamos a Macau, por exemplo, quem mais falou foram Mike e Nate. Acho que o segredo é juntar esforços. Esse não precisa ser o meu time. Esse deve ser o nosso time. Eu tento apenas ser um bom coordenador".

O motivo da escolha norte-americana por um técnico universitário foi gerado pelos fracassos em 2002 e 2004. Os dirigentes consideraram que as diferenças de regras entre o basquete da NBA e o internacional, comandados pelas regras da Fiba, estavam prejudicando os EUA. E consideraram o basquete universitário mais parecido com o internacional.

Nada mais natural, então, do que trazer alguém que entenda os dois lados. Que o diga o pivô Time Duncan. Considerado em 2004 a maior força dentro da NBA, ele era o grande nome do Dream Team na Grécia mas deixou as Olimpíadas afirmando que o "basquete Fiba era uma droga" e, desde então, não mais defendeu a seleção.

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