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24/07/2008 - 08h08

Depois de Pequim, Sá e Melo só têm olhos para a Masters

Maurício Dehò
Em São Paulo
O principal objetivo da dupla brasileira André Sá e Marcelo Melo este ano é lutar pelo pódio nos Jogos Olímpicos de Pequim. No entanto, os tenistas já olham mais à frente. Depois da viagem à China, os mineiros têm como grande meta chegar à Masters Cup, torneio que reúne as oito melhores parcerias da temporada.

EFE
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"Hoje a nossa chance é muito boa", analisa Melo. "Mas vai depender muito do último Grand Slam que falta. Um bom resultado no Aberto dos Estados Unidos pode nos deixar mais perto da vaga. Mas um tropeço dificulta para recuperar nos ATPs". A competição em Nova York acontece a partir do dia 25 de agosto e em 2007 os brasileiros chegaram às quartas-de-final.

Sá e Melo estão atualmente na nona posição da Corrida dos Campeões, ranking que conta apenas os resultados desta temporada. Para chegarem à Masters Cup, que será realizada em Xangai, na China, eles precisam estar entre os oito melhores no ano.

"Este ano nossa chance é bem maior do que tínhamos em 2007, quando estávamos mais longe", afirmou Melo, que deu positivo em um exame antidoping e, suspenso por dois meses, acabou sendo responsável pela dupla não brigar por uma das vagas no fim da temporada. Atualmente, os brasileiros estão com 237 pontos, apenas um atrás dos oitavos colocados, os tchecos Martin Damm e Pavel Vizner. Os únicos garantidos até aqui são Daniel Nestor (CAN) e Nenad Zimonjic (SER) e os irmãos Bob e Mike Bryan, dos Estados Unidos.

A parceria não teve um com começo de ano, chegando a perder três torneios seguidos na primeira rodada, mas voltaram a crescer com os títulos na Costa do Sauípe e em Poertschach, na Áustria. Para Melo, os resultados recentes mostram uma evolução. "O amadurecimento e o fato de conhecermos melhor o circuito de alto nível influenciaram bastante. E quanto mais tempo temos jogando juntos, maior o nosso entrosamento e melhor a qualidade do nosso jogo".

Outro bom resultado na temporada foi a vitória contra os irmãos Bryan, ex-líderes do ranking mundial e atualmente na segunda posição, no torneio de Queen's. "Jogamos também em Hamburgo contra eles e perdemos numa partida duríssima. Em Queen's eles foram bem, mas vimos que podíamos vencer no super tie-break. Foram dois duelo muito difíceis", relembra ele.

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