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13/07/2008 - 16h11

Em meio a ausências, Splitter é única constante no garrafão brasileiro

Giancarlo Giampietro
Em Atenas (Grécia)
Cada convocação da seleção brasileira masculina de basquete é uma loteria, com lesões e dispensas sempre atrapalhando. Na hora de apontar os pivôs, então, fica ainda mais complicado. Mas uma aposta pouco arriscada é Tiago Splitter.

SELEÇÃO BRASILEIRA E SEUS PIVÔS EM GRANDES EVENTOS
CBB
2002 - Mundial - S.Varejão, A.Varejão, Splitter, Baby
2003 - Pré-Olímpico - Nenê, A.Varejão, Splitter, Murilo, Luís Fernando
2005 - Pré-Mundial - Splitter, A.Varejão, Murilo, Caio Torres, Hettsheimeir
2006 - Mundial - Splitter, A.Varejão, Murilo, Estevam, Bambu, Caio Torres
2007 - Pré-Olímpico - Splitter, Nenê, JP, Batista e Murilo
2008 - Pré-Mundial - Splitter, JP Batista, Baby, Murilo e Probst
EX-BABÁ E PINTOR NA SELEÇÃO
"VILÃO" AYUSO FALA SOBRE BRASIL
SELEÇÃO EM CASA NA GRÉCIA
O catarinense é a constante no garrafão da seleção brasileira que briga por uma vaga em Pequim-2008 a partir de terça-feira, no Pré-Olímpico Mundial em Atenas. No período que geralmente ocupa as férias do atleta profissional, ele se apresenta pelo quarto ano consecutivo.

Desde que estreou pelo time adulto, em 2002, no Mundial de Indianápolis, o pivô só teve um ano sem passar pela seleção - 2004, em que o país ficou fora das Olimpíadas de Atenas-2004 e disputou um Sul-Americano, em Campos de Goytacazes, sem força máxima (como é a regra na competição).

Agora, o Brasil acumula novamente desfalques em sua relação "grandalhões", e o jogador do TAU Cerámica-ESP tinha motivos para engrossar a lista. Sofre com uma fascite plantar, além de dores no ombro e no cotovelo. É também o membro da seleção que teve a temporada mais longa entre os inscritos no Pré-Olímpico

"Para mim, jogar na seleção é sempre um orgulho, foi nela que apareci para o cenário internacional e tive a oportunidade de ir para a Europa e fazer uma carreira", disse Splitter. "Sou muito grato de estar aqui treinando, com amigos, e me sinto muito bem com eles"

Quando vestiu a camisa brasileira pela primeira vez, Splitter era cotado como uma grande promessa mundial, com contrato assinado com o TAU e na mira da NBA, cujos times estavam à caça dos talentos internacionais e namoravam o pivô. Na época, foi o jogador mais jovem a defender o time principal do Brasil, convocado aos 17 anos por Hélio Rubens.

Seis anos depois, o catarinense é nome de ponta na modalidade, campeão da liga nacional mais equilibrada da Europa, a espanhola, com novo contrato recentemente assegurado com o time basco por um salário milionário.

E a trajetória na seleção acompanhou essa evolução. No Mundial de Indianápolis-2002, somou 31 pontos em oito partidas, com quase quatro pontos de média. Na edição seguinte do campeonato, no Japão, em 2006, foi o cestinha do time, com 16,4 pontos em média, para ser o décimo maior pontuador do evento.

No ano passado, em meio à conturbada campanha no Pré-Olímpico de Las Vegas, os números caíram para 12,4 pontos. Mas seu rendimento foi o mais consistente do time. Consistência, aliás, que é algo raro no garrafão nacional.

Sua dupla, no torneio de classificação na capital grega, desta vez será o pernambucano J.P. Batista. Em Las Vegas, perfilou ao lado de Nenê. Dois anos atrás, o companheiro foi Anderson Varejão. Por problemas de lesão ou, especialmente, questões ligadas à NBA, a ciranda em torno do catarinense sempre foi intensa (veja no quadro acima).

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