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13/07/2008 - 14h05

Carrasco nacional, Ayuso assegura que "não tem nada contra o Brasil"

Giancarlo Giampietro
Em Atenas (Grécia)
Elias "Larry" Ayuso afirmou que "não tem nada contra o Brasil". A consulta aos números do porto-riquenho contra a seleção nacional de basquete, porém, desperta dúvidas quanto à sinceridade dessa declaração.

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O veterano Ayuso costuma ser o carrasco brasileiro em competições internacionais
PÁGINA DO PRÉ-OLÍMPICO MASCULINO
TAVERNARI: ESPÍRITO UNIVERSITÁRIO
BRASIL JÁ ESTÁ 'EM CASA' NA GRÉCIA
O veterano ala-armador, de 31 anos, costuma ser o carrasco brasileiro em competições internacionais. E ele está à solta em Atenas, para a disputa do Pré-Olímpico mundial de Atenas, na Grécia.

A boa notícia é que um eventual duelo com os caribenhos só aconteceria na fase semifinal - e também há a possibilidade que os dois países nem se enfrentem na briga por uma vaga em Pequim-2008, a partir de segunda-feira. Quanto maior a distância para Ayuso, melhor.

Se Porto Rico se Tornou um algoz recente dos brasileiros - são quatro vitórias seguidas em eventos da Fiba (Federação Internacional de Basquete) -, muito se deve pelo gatilho de três pontos do jogador.

Nesses quatro confrontos, ele teve média de 25,4 pontos por partida. No último jogo, na disputa do terceiro lugar no Pré-Olímpico das Américas, em 2007, em Las Vegas, ele acabou com a defesa brasileira, com 39 pontos em 37 minutos e oito arremessos convertidos de três pontos.

Os outros shows aconteceram na segunda fase em Las Vegas, no ano passado, no Pré-Mundial de 2005, na República Dominicana, no Pré-Olímpico de 2003, em Porto Rico, e no Mundial de Indianápolis, em 2002. Como explicar esse rendimento?

"Tento jogar duro todo jogo, mas infelizmente algumas vezes acontece contra o Brasil", afirmou. Algumas vezes? "Quer dizer, na maioria das vezes. Mas acho que muitos times já provaram desse remédio também e, não, apenas o Brasil. Em Las Vegas, eram jogos muito importantes e queria muito vencer, e isso é o que acontece."

Porto Rico chega à Grécia com um reforço em relação à temporada passada: o retorno do pivô Daniel Santiago, que ajuda a fortalecer a defesa interior da equipe, um de seus pontos fracos, ao lado do gigante P.J. Ramos, de 2,20 m de altura.

"Nós estamos muito confiantes de contar com dois pivôs bem sólidos lá embaixo, e eles podem chamar atenção. Espero muito de nós. Temos de vir e jogar duro sempre. Não dá tempo para pensar em outro time para nos ajudar, nada disso. Temos de tomar conta de nossos jogos", disse Ayuso.

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