UOL Olimpíadas 2008 Notícias

12/07/2008 - 08h48

Seleção tenta aperfeiçoar defesa e rebote antes da estréia

Giancarlo Giampietro
Em Atenas (Grécia)
Depois de tomar lições táticas mais complexas com o técnico Moncho Monsalve, a seleção brasileira agora se concentra no básico: rebote e defesa, caminhando para a estréia no Pré-Olímpico de basquete, na terça-feira, em Atenas.

Os cinco amistosos realizados antes da briga por uma vaga nos Jogos chineses deixaram o espanhol confortável em relação ao comprometimento do time com um jogo mais paciente no ataque. Já a marcação pede mais ajustes.

No treino da manhã deste sábado, as situações defensivas foram trabalhadas com "um pouco mais de rigor", segundo Monsalve. A idéia é que o melhor posicionamento para evitar cestas resulta diretamente em maior possibilidade de controle do rebote.

"Está claro isso, temos de melhorar no um contra um, evitar as perdas de bola o máximo possível e controlar a tábua defensiva com o mínimo necessário. Se permitirmos a perda de bola e os rebotes ofensivos, nossos adversários terão mais posses de bola e, portanto, mais tiros à cesta", disse o técnico.

No Torneio de Acrópolis, a seleção foi superada no garrafão em todos os jogos, e terminou com defasagem de 20 rebotes - mesmo na vitória contra a Croácia, ficou atrás nessa estatística.

REBOTE, UM PROBLEMA
Grécia 37 x 35 Brasil (derrota)
Croácia 36 x 30 Brasil (vitória)
Austrália 37 x 25 (derrota)
* Placar em rebotes nos três jogos
"A gente precisa de uma rotação de defesa, que é o que estamos buscando agora, para todo mundo ficar concentrado no rebote", afirmou o pivô Rafael "Baby" Araújo. "É uma questão mais de posicionamento não tanto de ensinar. É um errinho bem básico para trabalharmos e acho que vamos superar esse resultado."

Baby destaca que os "grandalhões" têm grande responsabilidade para a captura das sobras de ataque, mas que todos os atletas em quadra precisam ficar atentos ao fundamento. "Não é só o pivô. Todo mundo sempre põe a culpa no pivô quando ele não pega o rebote, mas às vezes não é isso. Às vezes estamos brigando lá dentro, com dois caras, ajudando a defesa e de olho no rebote. Mas a bola pode espirrar e cair no meio."

O pernambucano J.P. Batista atentou justamente para as bolas de rebote irregular. "É difícil com esse tipo de bola, que dá um rebote muito longo. A bola vai muito para fora, e dificulta para fazer a proteção."

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