UOL Olimpíadas 2008 Notícias

10/07/2008 - 12h58

Com Venezuela, seleção atinge meta numérica de Moncho

Giancarlo Giampietro
Em Atenas (Grécia)
"De um modo geral, para que consigamos bons resultados, principalmente no Pré-Olímpico, é fundamental que o time sofra de 72 a 78 pontos e faça 80 ou mais pontos."

Essa é a meta de placar do técnico Moncho Monsalve. Os cálculos, em sua opinião, podem deixar a seleção brasileira de basquete bem próxima de uma vaga nos Jogos de Pequim-2008.

Com a fase de amistosos encerradas, antes da disputa do Pré-Olímpico de Atenas na próxima semana, o UOL Esporte fez as contas e encontrou dois resultados díspares.

Se os amistosos contra a Venezuela, no Rio de Janeiro, forem levados em conta, a equipe atingiu o objetivo estabelecido pelo treinador. Em cinco partidas, marcou 416 pontos e sofreu apenas 368, com médias respectivas de 83,2 pontos e 73,6, bem de acordo com o que Monsalve imagina como o cenário ideal.

Agora, se apenas as partidas do Torneio de Acrópolis forem analisadas - contra Grécia, Croácia (concorrentes do Pré-Olímpico) e Austrália (já classificada), adversários bem mais fortes -, os números mudam de figura. No quadrangular ateniense, o time ficou aquém da meta, com médias de 78,3 pontos marcados e 79,3 sofridos, com déficits de 1,7 ponto no ataque e de, no mínimo, 1,3 ponto na defesa.

A ressalva que deve ser feita sobre esses números é que nenhum dos times usou força máxima nessa competição preparatória, seja poupando atletas - Dimitris Diamantidis na Grécia e Zoran Planinic na Croácia - ou, no caso do Brasil, escondendo algumas jogadas.

Contra os venezuelanos, que foram derrotados até pela seleção "B" que penou para ficar em quarto no Sul-Americano do Chile, os comandados de Monsalve não tiveram nenhuma dificuldade - os placares foram de 97 a 69 e 84 a 61

Em Atenas, apenas na vitória contra os croatas as estatísticas bateram com os cálculos de Monsalve, com placar de 86 a 77. Diante dos gregos, em duelo no qual os reservas jogaram os minutos finais da partida, com chances de triunfo, a equipe foi bem na defesa (72 pontos sofridos) e foi freada no ataque (65 anotados - embora, a 1min40s do fim, essa quantidade lhe desse a liderança por um ponto de vantagem).

Por fim, o pior rendimento aconteceu contra os australianos. Nesta quarta-feira, a equipe cometeu muitos erros na transição, se deixou envolver pela velocidade dos rivais em um segundo período desastroso e ainda apanhou nos rebotes para levar 89 pontos (até 11 a mais do que o desejado). No ataque, ao menos marcou 84 pontos.

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