UOL Olimpíadas 2008 Notícias

15/06/2008 - 17h57

Bassul celebra renovação e revela que temeu "fantasma do passado"

Fernanda Brambilla
Em Madri (ESP)
A conquista da vaga olímpica da equipe feminina de basquete teve um significado mais profundo para o técnico brasileiro Paulo Bassul: confirmou a formação de um grupo forte e competitivo após a onda de aposentadorias dos últimos anos após Atenas-2004.

FI/Arquivo
Janeth foi a última grande estrela do Brasil; Bassul festeja renovação e a vaga olimpíca
BRASIL VENCE E SE CLASSIFICA
SELEÇÃO RESSALTA COLETIVO
A SAÍDA DA ALA IZIANE AJUDOU?
FOTOS DA CONQUISTA DO BRASIL
"Minha principal preocupação aqui era essa, a cobrança exagerada em cima dessas meninas devido à tradição do país", afirmou o treinador. "A renovação foi muito dura entre as saídas de Alessandra, Janeth, Helen, Cíntia, e tantas outras. Ainda mais porque o basquete feminino sempre foi muito cobrado. Tive medo de pôr essas meninas na fogueira cedo demais."

A aposta do técnico, no entanto, mostrou-se certa. "Eu sempre soube que esse grupo era competitivo e vencedor. Sempre acreditei", vibrou, mas fez um alerta. "É importante que as gerações não se confundam. É possível, sim, que esse grupo siga crescendo e seja uma boa surpresa em Pequim. Mas não devemos compará-las com as seleções que já brilharam ou com as jogadoras que passaram por ela."

A trajetória, inicialmente prevista como tranqüila devido ao grande (5) número de vagas em Pequim, foi complicada pelos inúmeros problemas que o técnico teve desde o Sul-Americano do Equador.

"Primeiro, tivemos problemas de lesões. E, aqui em Madri, o grupo ainda sofreu o corte da Iziane", enumerou. "É muita coisa para um grupo superar, e ainda caímos em uma chave do inferno."

Mas a série de dificuldades fortaleceu o grupo na visão do treinador. "Tudo isso só fez o grupo se fechar. Eu sabia e disse a elas que precisaria de 11 guerreiras em quadra, e elas foram mesmo, 11 batalhadoras."

Bassul destacou o amadurecimento das novatas, que ele considera que tiveram desempenho essencial no grupo. "Natália, Franciele, Graziane, todas elas entraram no torneio com tudo e encararam esse batismo de fogo sem titubear", elogiou o técnico.

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