UOL Olimpíadas 2008 Notícias

15/06/2008 - 16h52

Classificado, Brasil ressalta o coletivo e supera crise de Iziane

Fernanda Brambilla
Em Madri (ESP)
Depois da vitória dramática contra a Cuba que lhe valeu a classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim, as atletas do Brasil realçaram o trabalho coletivo do grupo do técnico Paulo Bassul.

EFE
As atletas do Brasil realçaram o trabalho coletivo do grupo do técnico Paulo Bassul
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A armadora Claudinha lembrou a postura do time diante da crise decorrente do corte da lateral Iziane. "Foi um momento difícil para todo o grupo e apesar de ela ter cometido um erro a gente está com ela. Estamos torcendo para que tudo se resolva entre ela e o técnico Paulo Bassul", declarou a veterana.

Claudinha destacou a recuperação do time no torneio. "O resumo disso tudo foi a superação. Enfrentamos problemas de contusões e cortes mas o grupo estava fechado e fomos superando um problema a cada dia. Mas a nossa comemoração será curta", lembrou a capitã. "Temos muito trabalho pela frente se quisermos jogar bem nessa Olimpíada."

Micaela, uma das destaques da partida, foi incisiva. "Isso é seleção brasileira, todo mundo sabe jogar. E mostramos isso, todo mundo entrou bem, teve garra, se empenhou até o fim, nunca deixamos de acreditar", disse a ala de 29 anos, que vai à sua primeira Olimpíada. "Estou no auge. Dizem por aí que essa é que é a melhor idade", brincou.

Após o jogo, contudo, o técnico Bassul deixou claro que não está disposto a rever a sua decisão em relação à lateral. "Foi a decisão mais difícil que eu já tomei em todos esses anos de basquete. No entanto, as jogadoras e comissão técnica me apoiaram e conseguimos o resultado coletivamente", afirmou o técnico brasileiro.

Bassul descartou voltar atrás em sua decisão para Os Jogos Olímpicos de Pequim. "A Iziane é uma página virada. Não foi uma decisão pessoal, é uma questão de incompatibilidade de duas personalidades. A minha maneira de ver o jogo é trabalhando o coletivo da equipe", disse, e voltou a justificar o corte.

"O problema é que a Iziane realmente acredita nisso, e temos filosofias muito contrárias. Pra mim, não existe isso de jogar sozinha, montar esquema em cima de uma jogadora", disse Bassul. "Mas existem treinadores que são assim e trabalham assim. O que ela precisa é estar com alguém que também acredite nisso."

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