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15/06/2008 - 16h13

Brasil sofre, mas vence Cuba e confirma vaga nas Olimpíadas

Fernanda Brambilla
Em Madri (ESP)
Instável, a seleção brasileira feminina de basquete cumpriu seu objetivo e, em jogo dramático, venceu Cuba por 72 a 67 (34 a 34), e obteve a derradeira vaga para Pequim na final da repescagem do Pré-Olímpico Mundial.

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Com isso, o time do técnico Paulo Bassul também confirma a autonomia do elenco sem Iziane, cortada às vésperas da decisão. Além disso, o Brasil mantém a tradição de participar de todas as edições dos Jogos Olímpicos desde Barcelona-1992.

Novamente com Karla no lugar de Iziane, o Brasil entrou em quadra e começou o primeiro quarto em desvantagem. As caribenhas fizeram 4 a 0 antes que Karla abrisse o placar brasileiro com um chute de três. Nervosas, as equipes desperdiçaram muitos ataques até que Ávila sofreu falta de Êga e converteu um lance livre. Em contra-ataque de velocidade, Micaela empatou. O jogo ganhou agilidade, e a cada cesta feita por Cuba, o Brasil devolvia os pontos para manter o empate. Mamá tomou o lugar de Êga, e a seleção aproveitou erro na armação cubana para tomar a posse de bola e, com Kelly, ir à frente com 19 a 16.

O segundo período teve a entrada de Natália no lugar da veterana Claudinha e Chuca deu lugar a Karla. Em enfiada no garrafão, Mamá recebeu empurrão de Noblet, e sentiu a pancada. Êga voltou ao jogo, que ganhou nova carga de tensão, apesar da liderança de quatro pontos do placar. Uma jogada perdida das brasileiras, agora com Franciele, deu moral às cubanas, que diminuíram a vantagem para dois pontos, 29 a 27.

Bem marcada, a seleção não conseguia adentrar o garrafão, mas pontuou com Claudinha de três. No minuto final, Cuba devolveu os três pontos. Em 30 segundos, Franciele ainda anotou mais dois pontos, mas o time não evitou resposta veloz das cubanas, que levaram o jogo em igualdade para o intervalo, 34 a 34.

Mal voltou à quadra, Mamá sofreu nova falta, mas a marcação falha do Brasil deixou Amargo livre para atirar da linha dos três e pôr Cuba na frente. Na arquibancada, a pequena e antes incipiente torcida caribenha tomou a Arena Madrid e se sobrepôs ao batuque brasileiro quando Cuba abriu seis pontos.

Com Boulet e Plutin, Kelly acabou no chão em tentativa frustrada de cesta, e o Brasil viu o controle da partida escorregar. A dois minutos do fim do quarto, Natália e Chuca deram novo fôlego à seleção que, com Mamá, finalmente obteve o empate. Mais uma vez, porém, os segundos derradeiros reservaram duelo à parte, e Cuba soube terminar pela primeira vez à frente, com 47 a 45.

Nos 10 minutos finais, o Brasil logo voltou à igualdade com falta sofrida por Chuca, que ela compensou com lances convertidos. Claudinha retomou o comando do time que, com Karla, Franciele, Chuca e Êga, partiu para os minutos decisivos. A seis minutos do fim, as cubanas abriram dois pontos e Franciele cometeu falta sobre Plutin, que converteu seus arremessos.

Com 57 a 54 em desvantagem, no entanto, as rotações voltaram, e Micaela, Natália, Kelly e Mamá se uniram a Karla, que pôs o Brasil de volta ao jogo, 57 a 56. Cavando falta, porém, Boulet tranqüilizou as caribenhas e abriu mais dois pontos. Repetindo a estratégia, Gelis fez Cuba abrir 61 a 56. Em virada surpreendente, no entanto, o Brasil achou forças para perseguir o marcador, com 63 a 63.

A um minuto do fim, foi a hora de mostrar maturidade e a mais veterana do grupo, Kelly, pôs o Brasil à frente, com 65 a 63. Mas Boulet, mais uma vez, mostrou a força de Cuba e as duas seleções partiram para os 50 segundos finais com 65 a 65. Ao sofrer falta, Karla pôs o Brasil à frente ao converter seus dois lances. Em nova falta, Micaela fez a seleção abrir 69 a 65, mas também em lances parados as cubanas voltaram a ficar dois pontos atrás. A 13s, Micaela recebeu novo bônus e os converteu, 71 a 67. Perdida, Cuba ainda cometeu falta sobre Mamá, que aumentou o placar da vitória em mais um ponto, 72 a 67.

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