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03/06/2008 - 15h07

Rio luta contra endinheirados e experientes pelos Jogos

Do UOL Esporte
Em São Paulo
A candidatura de Chicago trabalha apoiada pela máquina olímpica norte-americana. Tóquio recebe o incentivo da economia japonesa e já organizou as Olimpíadas em 1964. Até mesmo Baku, no Azerbaijão, tem dinheiro à vontade, graças aos dólares vindos dos campos de petróleo.

O conjunto de cidades postulantes aos Jogos de 2016, e adversárias do Rio de Janeiro, é composto, quase em sua maioria, de endinheirados, alguns deles com muita experiência olímpica.

Considerada a candidatura mais forte pelos especialistas, Chicago nunca abrigou os Jogos Olímpicos. A cidade recebeu o Pan-Americano de 1959, mas cedeu os Jogos de 1904 para St. Louis. Para 2016, por exemplo, os norte-americanos anunciam infra-estrutura praticamente pronta, com 11 das 16 instalações esportivas permanentes previstas já construídas.

Tóquio e Madri vão no mesmo caminho. Os japoneses, por exemplo, já organizaram uma edição dos Jogos de verão (1964) e duas das Olimpíadas de inverno (Nagano-1998 e Sapporo-1972). Além disso, tem planos ambiciosos para 2016. Só o novo estádio olímpico custaria US$ 1 bilhão.

Madri conta com a experiência da candidatura de 2012, em que foi finalista, terminando atrás de Londres e Paris. Os espanhóis também já receberam os Jogos, em Barcelona, e são os únicos, segundo o site especializado Around the Rings, com um projeto de revitalização da cidade a partir das Olimpíadas - seguindo o modelo de Barcelona-1992.

Mas não só as favoritas contam com dinheiro e experiência. Considerada a quinta força da disputa, Doha é bancada pelo dinheiro do petróleo, organizou, com muito sucesso, os Jogos Asiáticos de 2006 e ainda aposta no fato do Oriente Médio nunca ter recebido as Olimpíadas. A região, porém, enfrenta resistência no Comitê Olímpico Internacional, devido ao clima quente e seco.

A candidatura do Azerbaijão é uma das mais ricas. O país, que está longe de ser um destino turístico procurado, também é bancado pelos petrodólares - segundo o comitê de candidatura de Baku, nos próximos 20 anos o país irá lucrar US$ 200 bilhões com petróleo e parte desse dinheiro será o responsável por bancar as Olimpíadas.

Capital da República Tcheca, Praga anunciou orçamento de mais de US$ 27 bilhões para ser gastos em infra-estrutura e US$ 1,5 bilhão para instalações. O Rio, em comparação, listou orçamento de US$ 2,4 bilhões em custos de transporte, sem contar aeroportos, e US$ 507 milhões para instalações. Os custos são baixos porque os organizadores vão usar a estrutura do Pan-Americano do Rio, que custou US$ 2,4 bilhões, além das melhorias feitas para a Copa do Mundo de 2014.

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