Uma das constantes reclamações da legião brasileira da NBA nos últimos anos era a falta de contato por parte de representantes da CBB ou da comissão técnica durante a temporada. O espanhol Moncho Monsalve pretende agir diretamente nesse ponto.
O treinador vai estudar a tabela da liga norte-americana à procura de uma data que possa lhe propiciar um encontro com o ala-pivô Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, e o ala-armador Leandrinho, do Phoenix Suns. As equipes não vão se enfrentar mais neste campeonato.
"Eles têm um grande talento. Leandrinho não me conhece, Anderson sabe quem eu sou. Mas é preciso conversar pessoalmente com eles e ver o interesse. Eles podem ir até longe nos playoffs da NBA, há cansaço, complicação de datas", disse o espanhol.
O pivô Nenê, do Denver Nuggets, que se recupera da remoção de um tumor testicular, é outra história. "Não vou falar muito do Nenê. O basquete é importante, mas primeiro vem o homem e sua saúde. Se ele vai estar pronto em maio ou em junho, ainda não interessa. E quem vai definir isso serão os médicos do Denver Nuggets."
Monsalve, porém, deixou a entender que a utilização do pivô - que ele considera um dos melhores defensores do mundo no garrafão - seria muito difícil caso ele não volte à quadra até o Pré-Olímpico.
"O George Karl é meu amigo
(treinador dos Nuggets), morei na casa dele em Seattle e já treinei pessoalmente seu filho, Coby
(hoje no Los Angeles Lakers). Ele vai me informar", completou.
Monsalve exibiu durante a entrevista coletiva concedida na sede da CBB o repertório teórico pelo qual é reconhecido em seu país natal. De Phil Jackson à escola sérvia, foram citações recorrentes durante suas respostas. O desafio, agora, é tentar passar essa experiência para os jogadores.