O Brasil ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016 prometendo gastar R$ 28 bilhões, mas até hoje não detalhou o orçamento. Na contramão do Comitê Organizador e até da Prefeitura do Rio de Janeiro, o Ministério do Esporte promete manter o investimento público girando em torno do valor apresentado há três anos.

“Nós ainda estamos avaliando porque precisamos detalhar os perfis de todas as obras para elaborarmos a matriz de responsabilidades, mas nossa expectativa é que a gente consiga manter esses R$ 28 bilhões”, disse Luís Fernandes, secretário-executivo do Ministério do Esporte, em entrevista coletiva concedida em Londres.

O Comitê Organizador dos Jogos e a Prefeitura do Rio de Janeiro, em diferentes momentos, já adiantaram que o valor deve subir, apesar de ainda não terem a projeção final. A matriz de responsabilidades estava prevista inicialmente para março deste ano, mas foi adiada e até agora não saiu do papel.

A demora irritou o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), que cobrou publicamente o atraso do Rio de Janeiro na divulgação do orçamento final. Londres, por exemplo, fez o seu em 2007, cinco anos antes de finalmente receber a competição.

“É que Londres fez antes e quando apresentou mostrou um número três vezes maior que o inicial. Nós estamos estudando e acho que vamos manter a previsão”, disse Fernandes, acrescentando que o Rio está dentro dos prazos.