Escadinha chora com derrota, se despede da seleção e pede carinho à camisa ao próximo líbero
Do UOL, em São Paulo
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Divulgação/FIVB
Escadinha despede-se da seleção com 3 medalhas olímpicas, 2 títulos mundiais e 8 Ligas Mundiais
A derrota de virada para a Rússia por 3 sets a 2 derrubou praticamente todos os jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei. O central Sidão chorou muito, mas um dos mais inconsoláveis era o líbero Escadinha. Remanescente da geração que conquistou o ouro em Atenas-2004, o paulista anunciou o fim de seu ciclo no time nacional e, aos prantos, pediu aos próximos jogadores que vistam a camisa com o orgulho que ele sempre teve.
“Eu me sinto privilegiado por ter vestido essa camisa e ter sido referência na minha posição. Espero que a próxima pessoa dê sua vida como eu dei”, disse Escadinha, chorando muito, aos microfones do Sportv.
“Quem for vestir minha camisa daqui pra frente, que cuide dela com carinho. Foram 12 anos dedicados ao vôlei, longe de tudo, longe da família, e quem for vestir essa camisa, que cuide com carinho. A gente vai ter outros heróis olímpicos no Rio [em 2016], eu vou estar torcendo, mas é honrar a camisa como todos honraram aqui”, completou.
Escadinha chegou a seleção ainda em 2001, mesmo ano em que Bernardinho assumiu o comando da equipe. Logo se transformou no melhor líbero do mundo, tendo a honra de ser o único jogador de sua posição eleito o melhor atleta de uma edição de Liga Mundial, em 2009.
Ao longo de pouco mais de uma década, ele se tornou o grande símbolo da geração comandada por Bernardinho apontada como a melhor de todos os tempos na modalidade. Com a seleção, Escadinha conquistou um ouro e duas pratas olímpicas, dois Mundiais (ele não esteve na edição de 2010) e oito Ligas Mundiais.