Foi o melhor resultado da história do boxe brasileiro, já que nunca um pugilista do país havia chegado a uma final olímpica. Medalha de prata, Esquiva Falcão, o responsável pelo feito, reclamou de uma decisão da arbitragem que acabou sendo determinante para a vitória por 14 a 13 do japonês Ryota Murata na final da categoria até 75 kg. O irmão do pugilista, Yamaguchi, também medalhista em Londres, saiu em defesa do caçula.

No início do terceiro round, o capixaba foi advertido por agarrar o rival. Como punição, ele perdeu dois pontos. Sem a penalização, o brasileiro conquistaria o primeiro ouro do país no boxe.

"Achei que a arbitragem foi rigorosa demais. Perdi por um pontinho que o referee [juiz, em português] tirou de mim", disse Esquiva, sobre a punição. "Tomei a punição, mas achei que foi justo. Os dois estavam se agarrando, os dois estavam cansados. Se tivesse que tirar pontos, tinha que tirar dos dois."

Irmão de Esquiva, Yamaguchi, que perdeu na semi da categoria meio-pesado (até 81 kg) para o russo Egor Mekhontcev e ficou assim com o bronze, saiu em defesa do caçula. "Realmente acho que ele começou perdendo, mas, para mim, claramente, ele virou no segundo e no terceiro rounds. Se o Brasil tivesse um pouco mais de tradição, de mais camisa, venceria essa luta."

Festa
"Estou muito feliz, superfeliz com meu resultado. Vim buscar o ouro, mas, infelizmente não veio. Essa é uma prata está valendo ouro. Não estou triste, estou feliz porque entrei para a historia", completou o brasileiro. Para ele, a ficha sobre a medalha história ainda não caiu. "Ainda não, vou ter noção só quando chegar no brasil, vou botar a medalha no peito e aí que a ficha vai cair."

Além dos irmãos Falcão, Adriana Araújo conquistou mais uma medalha nos Jogos de Londres, com o bronze na categoria até 60 kg. O pódio foi o primeiro do Brasil após 44 anos do bronze de Servílio de Oliveira no México-1968, e a campanha no evento londrino foi a melhor dos brasileiros na história olímpica.