Pai de Esquiva, Touro Moreno diz que ouro é lucro e brinca com amigos oportunistas

Do UOL, em São Paulo

  • Arquivo pessoal

    Touro Moreno posa para foto ao lado do filho Esquiva Falcão e de sua mulher

    Touro Moreno posa para foto ao lado do filho Esquiva Falcão e de sua mulher

Poucos comemoram tanto a vitória de Esquiva Falcão, nesta sexta-feira, na semifinal da categoria médio do boxe olímpico, como Touro Moreno. Aos 76 anos, o veterano pugilista capixaba viu o filho dominar o britânico Anthony Ogogo e garantir ao menos uma medalha de prata em Londres. Mas, para ele, o bronze já estaria de bom tamanho.

Adegard Câmara Florentino, o Touro Moreno, foi lutador durante toda a vida, arriscando-se até no vale-tudo. Com isso, passou o boxe como herança a Esquiva e a seu irmão, o semifinalista Yamaguchi Falcão. A dupla, junto a Adriana Araújo, faz a melhor campanha da história do boxe brasileiro.

“Estou muito feliz. Para mim, o bronze já era uma conquista. Então agora só quero que eles lutem sem pressão. O que nós queríamos eles já conseguiram”, disse ele, ao SporTV, depois de se emocionar com o triunfo de Esquiva, acompanhado na casa da família, em Serra, na grande Vitória (ES).

Simples e bem humorado, Touro Moreno também falou do que mudou em sua vida com as conquistas dos filhos, e disse que o seu número de “amigos” aumentou.

“Hoje tem gente aparecendo que eu não via há um tempo, uns que eu não davam as caras há uns 20 anos. Como é bom vencer...”, brincou ele.

Já a mãe lembrou as tantas dificuldades que a família passou. “Nem lembro mais, foram tantas coisas. Mas a maior que passamos foi quando fomos despejados, não tínhamos onde morar. Mas Deus nos mandou um anjo e estamos aqui hoje. Agora é só alegria.”

Esquiva volta ao ringue para tentar o ouro inédito neste sábado, às 17h45 (de Brasília). Ele faz uma revanche contra o japonês Ryota Murata, que venceu o uzbeque Abbos Atoev, por 13 a 12 na semifinal.

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