Após "fundo do poço", vôlei feminino descarta missão cumprida e sonha com ouro
Gustavo Franceschini
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
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REUTERS/Olivia Harris
Brasileiras comemoram vitória sobre o Japão por 3 sets a 0, nas semifinais do vôlei feminino
Poucos dias depois da crise, a seleção feminina de vôlei contrariou as expectativas, está na final e garantiu a medalha de prata, mas não quer saber de “missão cumprida”. Após chegar ao “fundo do poço”, como definiu José Roberto Guimarães, as brasileiras fazem promessas de um bicampeonato olímpico diante das favoritas norte-americanas.
“A gente estava no buraco e conseguiu sair junto”, disse Fernandinha, levantadora reserva da seleção. “A gente gosta de fazer o brasileiro sofrer”, disse Jaqueline aos risos, emendando na sequência que estava brincando.
“Nós chegamos muito afobadas. O grupo precisava de confiança uma na outra, e quando isso veio tudo melhorou”, disse a ponteira.
Nesta quinta-feira, as brasileiras consolidaram uma ascensão nos Jogos Olímpicos, que começou na terça-feira, na épica vitória por 3 sets a 2 sobre a Rússia, nas quartas de final. Diante do Japão, as comandadas de José Roberto Guimarães aplicaram um sonoro 3 a 0, contra a equipe que é a atual terceira colocada no ranking mundial.
"As dificuldades que temos passado nos fortaleceram como grupo. Temos evoluído em todos os fundamentos do jogo. Agora devemos pensar nos erros que cometemos na primeira partida contra os Estados Unidos para melhorar o nosso jogo. Creio que vamos ganhar", declarou Fernanda Garay.
O confronto contra as americanas na primeira fase foi o jogo que começou a complicar a classificação do Brasil às quartas. A equipe jogou muito mal nos dois primeiros sets, reagiu no terceiro, mas acabou derrotada por 3 a 1. Na rodada seguinte, um 3 a 0 para a Coreia do Sul quase eliminou as brasileiras, que tiveram força para reagir, vencer a China e contar com a ajuda das atuais vice-campeãs olímpicas para se classificarem.
A final feminina dos Jogos Olímpicos de Londres será realizada no próximo sábado, às 14h30 (de Brasília), no Earls Court. A partida será reedição da decisão olímpica de Pequim-2008, quando o Brasil levou a melhor.