Maurren fracassa na tentativa do bi e é eliminada logo nas eliminatórias do salto em distância
José Ricardo Leite
Do UOL, em Londres (ING)
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REUTERS/Pawel Kopczynski
Maurren Maggi cai na caixa de areia após seu primeiro salto nas eliminatórias do salto em distância
Maurren Maggi foi eliminada precocemente nesta terça-feira no salto em distância dos Jogos Olímpicos de Londres. Ainda nas eliminatórias, a brasileira viu ruir as chances de defender o ouro conquistado em Pequim-2008.
Ela precisava ficar entre as 12 mais bem colocadas para avançar à final. Quem saltasse mais de 6,70 m garantiria a vaga antecipadamente, enquanto as outras vagas na briga por medalhas seriam completadas pelas melhores marcas. A brasileira não conseguiu nem uma coisa nem outra.
Maurren fez seu primeiro salto sem queimar, mas pisou muito antes do limite da tábua e saltou 6,37 m. Ainda assim, seu técnico, Nelio Moura, deu apoio moral: “Está bom, está bom”, gritou após um olhar da saltadora. Em sua segundo tentativa, a brasileira queimou. Na terceira, saltou apenas 6,27 m, terminando apenas na 15ª colocação na classificação geral.
Em todas os seus saltos, Maurren encontrou dificuldades em alcançar uma boa velocidade para o salto. Ao fim da prova, ela colocou o agasalho da delegação brasileira e ficou sentada na área reservada para atletas, olhando para a pista e demonstrando um claro descontentamento. Ela ainda conversou com seus técnicos, Nelio e Tania Moura, e voltou a se sentar na área dos competidores.
A atleta brasileira já vinha de resultados sem grande expressão na temporada e ainda ficou longe de competições nos últimos dois meses em função da recuperação de uma lesão no quadril. Ela chegou a Londres tendo como melhor marca 6,85 m, longe da melhor da temporada, da norte-americana Brittney Reese, que saltou a 7,23 m.
Curiosamente, nenhuma das medalhistas em Pequim-2008 vai disputar a final em Londres. Além de Maurren, a veterana russa Tatyana Lebedeva, que perdeu o título para a brasileira por apenas 1 centímetro na China, não se classificou. Já a nigeriana Blessing Okagbare, que havia ficado com o bronze, terminou as eliminatórias apenas em 17º.
Sem Maurren, a final da prova acontece nesta quarta-feira, às 16h05 (horário de Brasília), com acompanhamento ao vivo do Placar UOL Olimpíadas. O recorde mundial é um dos mais antigos do atletismo e pertence à russa Galina Chistyakova, com 7,52 m, em 1988. Já a marca olímpica foi registrada no mesmo ano pela norte-americana Jackie Joyner-Kersee, com 7,40 m, nos Jogos de Seul.
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