Giba termina primeira fase quase sem jogar, mas mesmo no banco mantém seu status

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

Giba segue sendo a maior estrela da seleção brasileira, mesmo tendo passado quase toda a primeira fase dos Jogos Olímpicos no banco de reservas. O mais aplaudido pelo público também é exaltado pelos companheiros pela importância fora de quadra e consegue manter o status dentro da seleção apesar de estar longe da sua melhor forma.

“Ele ainda está voltando, pegando o ritmo. É importante que ele entre em jogos como hoje para sentir um pouco da quadra, ver a luz, entrar no jogo. Eu falo bastante com ele, até por telefone. É um cara que procura ajudar sempre e é muito importante para o grupo”, disse Ricardinho, referindo-se à vitória por 3 a 0 contra a Alemanha, em que Giba jogou por mais tempo até agora.

Aos 35 anos, ele ainda está voltando a jogar depois de uma temporada inteira afastado por uma lesão na canela, que quase o tirou das Olimpíadas. Só que o público brasileiro que comparece no ginásio de Earl’s Court, sede do vôlei em Londres, não liga para o rendimento. Na estreia contra a Tunísia, ele foi fortemente aplaudido quando entrou em quadra pela primeira vez, já no segundo set.

Naquela ocasião, foi acionado só oito vezes, virou quatro bolas e jogou mais na defesa, sem comprometer. Contra a Rússia, na rodada seguinte, viu do banco a seleção fazer seu melhor jogo, enquanto na rodada seguinte só enfrentou os Estados Unidos no fim quarto set, quando a derrota estava praticamente definida.

No quarto jogo, uma partida dura contra a Sérvia, mais uma vez Giba só ficou no banco de reservas, distribuindo sorrisos e apoiando jovens como Wallace, que naquele jogo fizeram diferença. O desempenho do oposto reserva, aliás, motivou Bernardinho a prometer mais espaço para Giba contra a Alemanha, quando o Brasil já estaria classificado.

“Acho que eu preciso usar mais o nosso banco, dar mais sequência para o Giba”, disse o técnico, que antes já havia falado sobre a importância do ponteiro. “Ele vai ser muito útil na fase final, assim como o Ricardinho e o Rodrigão, que têm condição de mudar o jogo”, completou Bernardinho.

Só que a julgar pelo que mostrou diante da Alemanha, a diferença técnica não será tão grande. Giba ficou em quadra em quase todo o segundo e no terceiro set, mas foi acionado pelos levantadores em apenas três oportunidades, apesar de ter se apresentado bastante à rede. Foram três pontos de ataque, um de bloqueio e muita vibração em cada jogada, mas uma atuação mais voltada para a defesa, no fundo de quadra.

“É importante ter jogadores como ele no banco de reservas dando força. Ele ainda vai ser muito importante para gente”, disse Bruninho logo depois do jogo contra a Sérvia, em que Giba não foi utilizado. 

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