Zanetti torce para que ginástica artística deixe de ser esporte para meninas no Brasil

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • REUTERS/Brian Snyder

    Arthur Zanetti comemora a medalha de ouro exibindo a bandeira do Brasil

    Arthur Zanetti comemora a medalha de ouro exibindo a bandeira do Brasil

O ouro conquistado por Arthur Zanetti pode fazer diferença não só para a ginástica, como um todo, mas pode ser um estímulo para os meninos, em especial. Assim como seu técnico, o atleta acredita que no Brasil a modalidade ainda é vista como feminina, que crê que isso pode mudar depois do título olímpico conquistado por ele nesta segunda-feira.

FIRME E FOCADO, ZANETTI LEVOU OURO MESMO SEM CRAVAR A SAÍDA

Em entrevista ao UOL Esporte há pouco mais de um mês, Marcos Goto, técnico do atleta, já havia falado sobre o assunto. Para ele, o preconceito atrapalha a entrada dos meninos na modalidade. Nesta segunda, após a medalha de Arthur, ele voltou ao assunto.

"O Arthur foi um dos garotos que eu escolhi para treinar comigo quando eu cheguei a São Caetano. No Brasil a gente trabalha com o material que tem. Você não tem como escolher muito. Se tem cem meninas para treinar ginástica, vão ter só dez meninos", disse o treinador.

"Apesar de ser visto como um esporte para meninas, os meninos também podem participar. Agora o esporte vai crescer", disse Arthur Zanetti.

Ele lidera uma geração de bons ginastas que prometem até 2016. Além dele, Sergio Sasaki foi o décimo colocado na disputa do individual geral em Londres. Petrix Barbosa, Francisco Barreto e Diego Hypolito completam a equipe que, em 2011, conquistou o Pan de Guadalajara por equipes.

UOL Cursos Online

Todos os cursos