Melhor da seleção, Thaisa é aposta do vôlei do Brasil contra gigantes da Rússia

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

Thaisa tem sido a jogadora mais regular da seleção feminina de vôlei, mesmo nos momentos mais difíceis da turbulenta campanha que o time fez até agora. Em alta, a central deve ser a grande arma do Brasil contra o poderoso ataque russo, das gigantes Goncharova (1,94 m) e Gamova (2,02 m), rivais da seleção pelas quartas de final do torneio olímpico, na próxima terça.

Juntas, as duas russas já fizeram 196 pontos nas Olimpíadas, 43% dos 447 que o Brasil, como um todo, fez até agora. Não por acaso, Goncharova e Gamova são as principais armas da seleção europeia, que tem um histórico de sucessos contra a seleção verde-amarela. Para evitar que o jogo de terça seja uma repetição da semifinal de Atenas, em 2004, ou da final do Mundial de 2010, a aposta é que Thaisa esteja inspirada.

“Nós vamos precisar de um bom bloqueio, porque o ataque delas é alto e se a gente estiver na relação bloqueio e defesa vamos ter uma vantagem importante”, avalia José Roberto Guimarães, técnico da equipe.

A boa fase não é recente. Em um Grand Prix oscilante do Brasil, ela foi um dos poucos destaques positivos e ganhou o prêmio de melhor bloqueadora da competição. Na Olimpíada, a central, maior jogadora da equipe com 1,96 m, também vem se destacando. Ela é a segunda maior pontuadora do time, atrás apenas da oposta Sheilla, mais tem o melhor percentual de acerto.

No bloqueio, tem participado melhor do que Fabiana ao amortecer as adversárias, apesar da companheira de rede ter feito mais pontos no fundamento. Além disso, ela tem conseguido sequências importantes de saque, apesar de entender que é justamente aí que ela pode melhorar em seu caminho até o sonhado bi olímpico.

“Contra a China e hoje [domingo] contra a Sérvia a gente já foi melhor como equipe. Eu acho que eu posso melhorar ainda mais. Meu saque pode ser mais forçado do que tem sido. Acho que eu preciso ficar mais elétrica em quadra, porque é assim que eu funciono melhor”, disse Thaisa. 

Cobrança não falta. Durante o jogo contra a China, que o Brasil venceu por 3 a 2, um saque errado mexeu com o emocional da jogadora, que sentou no banco de reservas e chorou discretamente. "Era para extravasar. Eu detesto errar, fico revoltada comigo mesma, e aí aconteceu aquilo. Mas logo passou", disse ela na ocasião. 

Brasileiros em Londres - dia 9
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