A judoca holandesa Edith Bosch foi uma das protagonistas da final dos 100 m rasos do atletismo. Campeã mundial e dona de três medalhas olímpicas, entre elas o bronze obtido na semana passada em Londres, a atleta foi a responsável por dar um tapa em um torcedor que atirou uma garrafa na pista momentos antes da vitória do jamaicano Usain Bolt na prova mais rápida do atletismo.

Após o incidente, Edith afirmou que a agressão aconteceu porque não conseguiu controlar a emoção no momento. E lamentou ter perdido a histórica prova por causa da confusão.

“Eu tinha visto esse homem andando mais cedo e falei com as pessoas que estavam perto de mim que ele era peculiar. Então quando ele lançou a garrafa, na emoção, eu dei um tapa nas costas dele. Depois ele foi levado pela segurança. No entanto, ele me fez perder a final e eu estou muito triste por isso”, afirmou a atleta em entrevista a rede holandesa NOS TV.

“Eu não posso entender como alguém pode fazer algo como isso”, continuou Bosch.

Sebastian Coe, presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Londres, considerou a atitude da judoca como “justiça poética”.

“Eu não estou sugerindo violência, mas foi um justiça poética ele estar sentado perto de uma judoca. A expressão em que eu acredito é ippon”, argumentou.

Coe ainda falou que incidentes como esse da final dos 100 m são algo inaceitável. “Jogar uma garrafa para o campo é algo inaceitável. Não é somente inaceitável na Olimpíada, mas é inaceitável em qualquer recinto esportivo. Qualquer pessoa que fizer isso será removida a partir de qualquer local, não há tolerância para coisas assim”, alegou.

O homem se apresentou nesta segunda-feira ao tribunal de Stratford. Ashley Gill-Webb, de 34 anos, mora no norte da Inglaterra e se declarou inocente, de acordo com um porta-voz da polícia britânica. Ele pagou fiança para permanecer em liberdade, mas terá de prestar novo depoimento no dia 3 de setembro.

*atualizada às 14h01