Matemáticos apontam 49,3% de chance de ouro, mas Brasil terá de lutar contra traumas
Carlos Padeiro
Do UOL, em Newcastle (Inglaterra)
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Mowa Press
Brasil terá pela frente Honduras nas quartas e depois pega Reino Unido ou Coreia do Sul
O favoritismo da seleção brasileira no futebol masculino cresceu após a primeira fase. Espanhóis e uruguaios, que viajaram a Londres com jogadores badalados, caíram logo na primeira fase. Sobraram o Reino Unido, donos da casa, o México, que costuma aprontar para cima dos pentacampeões mundiais, e equipes com menor tradição, dentre elas o Senegal.
CHANCE DE TÍTULO
Brasil | 49,3% |
México | 14,6% |
Reino Unido | 14,1% |
Senegal | 5,8% |
Coreia do Sul | 5,6% |
Japão | 4,7% |
Egito | 3,4% |
Honduras | 2,4% |
Segundo o site Chance de Gol, que realiza simulações com base em técnicas matemáticas e estatísticas, a probabilidade de o Brasil faturar a inédita medalha de ouro é de 49,3%. O México aparece em segundo, com 14,6%, seguido por Reino Unido, 14,1%.
Entre os times que chegaram à fase de mata-mata, apenas o Reino Unido ganhou o ouro. Isso nos primórdios. Nas quatro primeiras participações do futebol nos Jogos, os britânicos ocuparam o lugar mais alto do pódio em 1900, 1908 e 1912 (o Canadá foi campeão em 1904).
O desafio brasileiro será superar traumas do passado. Nas quartas de final o duelo será com Honduras, que já causou uma crise na seleção em 2001, quando eliminou a equipe de Luiz Felipe Scolari nas quartas da Copa América. O técnico gaúcho foi criticado, mas permaneceu no cargo e no ano seguinte levou o país ao pentacampeonato.
Na semifinal, o oponente sai do confronto entre Reino Unido e Coreia do Sul. Seis dias antes da Olimpíada, Neymar e Cia venceram os anfitriões com facilidade por 2 a 0 em um amistoso em Middlesbrough.
Na decisão, o Brasil pode encarar Japão, Egito, México ou Senegal. O Japão foi uma zebra contra os brasileiros nos Jogos de 1996, com uma vitória por 1 a 0 devido a uma falha de Aldair e Dida. Senegal pode ser um novo ‘fantasma’ africano, continente que já tirou o a seleção sul-americana em 1996, com a Nigéria, e 2000, com Camarões.
Mano Menezes afirmou que o seu time não precisa se preocupar com derrotas passadas. “Disse antes de sair do Brasil e quando chegamos que nossos adversários poderiam ter a mesma vontade, mas nunca mais vontade do que nós. Estou convicto que nossos jogadores entenderam bem isso, estão demonstrando na prática. Comparações com outras competições são desnecessárias.”
A tendência é Mano escalar a seguinte formação no sábado, às 13h (de Brasília), contra Honduras: Neto; Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk e Alexandre Pato (Leandro Damião).