Mayra Aguiar confirma favoritismo na estreia e vai às quartas no judô

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

02/08/201207h18

Franck Fife/AFP

Mayra Aguiar segura tunisiana Hana Mareghni durante vitória em sua luta de estreia

A brasileira Mayra Aguiar, uma das favoritas ao ouro na categoria até 78 kg no judô em Londres, venceu na estreia a tunisiana Hana Mareghni. Como entrou direto nas oitavas, a gaúcha já está nas quartas e se garantiu ao menos na repescagem.

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A rival era considerada bem pior que a brasileira, já que sequer conseguiu classificação direta aos Jogos Olímpicos. Na luta, a diferença foi visível. Desde o início, Mayra buscou a pegada por cima e atacou muito. Seu primeiro golpe só entrou no começo da luta, quando ela acertou um wazari. Mesmo atrás, Mareghni seguiu na defensiva e recebeu duas punições que se transformaram em um yuko. Quando sofreu a terceira advertência, a 55 segundos do fim, os shidos se transformaram em um wazari, que encerrou o combate.

Agora, Mayra começa a pensar nas rivais mais fortes que terá pela frente. Sua próxima luta será contra a polonesa, Daria Pogorzelec, outra que também está muito atrás no ranking e sequer conseguiu classificação direta para Londres. A grande pedreira virá na semifinal, quando Mayra poderá enfrentar a norte-americana Kayla Harrison, com quem costuma fazer lutas muito equilibradas.

Líder do ranking olímpico, a judoca gaúcha entrou no torneio como grande favorita ao ouro. Aos 21 anos, ela está na segunda Olimpíada da carreira e tem conquistas importantes no currículo. Mayra foi campeã mundial júnior em 2010, vice no adulto no mesmo ano e bronze no Mundial do ano passado.

Além disso, tornou-se a primeira brasileira a liderar o ranking desde que ele tornou-se parâmetro para a obtenção da vaga olímpica depois de ter ganho do Grand Slam de Paris, em fevereiro deste ano. Tudo isso só aumenta a pressão sobre a atleta, já que o judô passou em branco depois do primeiro dia de sucesso com o ouro de Sarah Menezes e o bronze de Felipe Kitadai.

A “maldição” sobre os favoritos em Londres também já assusta. Dos 11 primeiros cabeças de chave que entraram no tatame, só dois conseguiram o ouro.

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