O Comitê Olímpico Internacional (COI) não quis comentar nesta terça-feira sobre a polêmica em torno das performances espetaculares da nadadora chinesa Ye Shiwen, mas deu a entender que ela não testou positivo para nenhuma substância proibida.

O que chamou a atenção não foi apenas o fato dela ganhar o ouro e bater o recorde olímpico dos 400 m medley feminino. O surpreendente é que os últimos metros dela foram 17 centésimos mais rápidos que o do norte-americano Ryan Lochte.

Nos últimos 50 m, Ye conseguiu cravar 28s93, enquanto no mesmo momento Lochte fez apenas 29s10. Vale destacar que o norte-americano tinha grande vantagem e pôde relaxar no fim, mas ainda assim Ye foi apenas três centésimos mais lenta que ele nos últimos 100 m.

Questionado sobre qual teria sido o resultado do teste de doping da nadadora chinesa, o porta voz do COI, Mark Adams, afirmou: “Nós só vamos comentar sobre isso se encontramos algo adversos. Eu não estou falando, então vocês podem tirar suas próprias conclusões”.

“Acho que nós temos que cair na real aqui. Esses são os melhores atletas do mundo competindo em alto nível”, acrescentou.

Adams contou que os cinco primeiros atletas de cada evento foram testados, além de outros dois aleatórios. “Nós temos um fortíssimo programa antidoping. Se houver fraude, nós iremos detectá-la”.

“É algo que as pessoas comentam. É triste o fato de que existem pessoas que trapaceiam. Se você não consegue aplaudir uma boa performance, pelo menos dê o benefício da dúvida”, completou.