Daniele Hypolito falha e Brasil terá dia de espera na ginástica artística

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (ING)*

  • Flávio Florido/UOL

    Daniele Hypolito faz seus exercícios na eliminatória individual e por equipes da ginástica artística

    Daniele Hypolito faz seus exercícios na eliminatória individual e por equipes da ginástica artística

O acúmulo de cortes na seleção feminina de ginástica minou as chances da equipe em Londres, que se decidirão neste domingo. Com Daiane dos Santos com o melhor desempenho do time e Daniele Hypolito em um dia ruim, o Brasil foi o único país a participar da primeira rotação do dia e está fora da disputa por equipes nos Jogos Olímpicos. Agora, as atletas vivem a expectativa pela classificação individual e por aparelhos.

DANIELE EXPLICA FALHA

  • Daniele Hypolito diz que erro de Diego "mexeu", mas não relaciona suas falhas ao irmão

A espera tem a ver com o sistema de disputa da ginástica. Neste domingo, acontecem as eliminatórias que envolvem todas as atletas participantes do torneio. As melhores equipes, as principais atletas de cada aparelho e as mais completas seguem adiante.

Ao todo, as atletas são divididas em cinco rotações pelos quatro aparelhos. O Brasil competiu na primeira delas e foi o único time a fazê-lo, já que as demais atletas no ginásio competiam apenas na disputa individual. Por isso, agora o time tem de ficar na torcida para que as diversas rivais não consigam superá-las ao longo do dia.

Ao final da apresentação, as chances do Brasil como equipe eram pequenas e foram minadas após as apresentações das outras equipes. O time sofreu algumas quedas e, no geral, teve uma passagem abaixo do que apresentou no evento-teste da Olimpíada, também em Londres, no mês de janeiro, quando a seleção carimbou o passaporte para Londres. Na ocasião, o Brasil terminou em quinto entre seleções de médio porte do cenário internacional.

MAIS DOS JOGOS

  • Leandro Cunha e Érika Miranda perdem na estreia e são eliminados no judô

  • Fabíola Molina fica em penúltimo na sua série e é eliminada nos 100 m costas

Na comparação com aquela competição, quando ainda contou com Jade Barbosa e Adrian Gomes, a seleção foi pior especialmente nas barras assimétricas. Nem Bruna Leal, a atleta mais constante do time, conseguiu manter o nível e caiu de rendimento em relação ao que fez há alguns meses.

O mesmo ainda aconteceu no salto e na trave. Individualmente, as possibilidades são um pouco melhores, mas nem tanto. Daiane dos Santos, que se despede dos Jogos Olímpicos em Londres fez 14.166 no solo, mas dificilmente chegará à final por aparelho. No evento-teste, ela havia feito 14.033.

Daniele Hypolito, em compensação, foi mal. No solo, caiu duas vezes e teve de se contentar com uma nota 11.900. No salto, falhou na saída e ficou com 13.766. Mesmo assim, ela é otimista ao avaliar suas chances.

"Eu acho que com essa trave que eu fiz dá para pegar uma final individual, pelo menos, vamos ver", disse a brasileira. "É muito cedo ainda, não é gente? Tem mais quatro rotações e é difícil saber o que vai acontecer. Temos de esperar. Eu espero ir para a final do solo e que todo mundo vá para o máximo de finais que puder", disse Daiane dos Santos.

* Nota atualizada às 12h31

UOL Cursos Online

Todos os cursos