Judô do Brasil precisa de um dia para fazer a melhor campanha do país em Olimpíadas

Gustavo Franceschini

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

Foram 20 anos de espera desde a última medalha de ouro. Só que quando veio, o título não estava sozinho. O ouro de Sarah Menezes e o bronze de Felipe Kitadai fizeram com que a equipe atual conseguisse, em um dia, a melhor participação do judô do país em todos os tempos.

A modalidade, apesar de muito tradicional, viveu seus melhores momentos em 1988 e 1992, quando conquistou o ouro com Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, respectivamente. A medalha adicional de Kitadai, portanto, dá vantagem à equipe atual, que mal começou sua participação olímpica.

"Sei que a minha medalha é muito importante para o judô feminino do Brasil. A gente pode chegar até o topo. Um dia ganhar medalhas nas sete categorias", disse Sarah, a primeira mulher do Brasil a subir no topo do pódio no judô.

Em 2000, 2004 e 2008 o judô ganhou mais de uma medalha. Faltou àquelas equipes, no entanto, o passo final que Sarah deu nesse sábado: o sonhado ouro.

O resultado já era esperado pela CBJ (Confederação Brasileira de Judô), que antes de começar a competição projetou quatro medalhas, sendo uma de ouro e com pelo menos uma final feminina. Dois dos três objetivos já foram cumpridos e restam favoritos como Leandro Guilheiro e Mayra Aguiar, líderes do ranking olímpico, além de candidatos de peso como Rafaela Silva, Rafael Silva e Tiago Camilo.

Ney Wilson, coordenador-técnico da entidade, já definiu a essa equipe como a "melhor e mais talentosa" da história. Também é a que mais recebeu investimentos. Ao todo foram R$ 20,5 milhões contando somente o dinheiro público da Lei Piva e do patrocínio da Infraero. Fora a estatal, a CBJ ainda tem acordos com a Sadia, o Bradesco, a Cielo, a Scania e a Mizuno. 

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