O Brasil venceu, mas não convenceu no jogo de estreia pela Olimpíada. Os problemas apareceram no segundo tempo, principalmente na parte defensiva, e uma vitória que parecia fácil, com três gols de vantagem no placar, ficou complicada e acabou em um apertado placar de 3 a 2 diante do Egito.

“Não diria que é inexperiente, mas é uma equipe com pouca rodagem, passamos poucas coisas com essa equipe. Vamos procurar corrigir os erros, que são frutos de uma observação de uma sexta, sétima partida, o que é pouca coisa”, observou Mano Menezes, no estádio Millennium, em Cardiff.

O treinador apontou dois defeitos que deixaram a defesa brasileira exposta: o posicionamento dos volantes e o apoio constante dos laterais.

“Ficaram bastante claros os problemas. Taticamente a única questão é que os volantes jogaram abertos. Precisa ter um volante central quando é atacado. No segundo gol do adversário, o jogador deles errou na conclusão, a bola quicou três vezes e um jogador dominou sozinho dentro da nossa área e conclui. Falha de posicionamento nosso”, comentou.

Segundo o Datafolha, Sandro realizou 13 desarmes, e Rômulo, 8. O número é baixo para a função de volante, e Sandro acabou substituído por Danilo no segundo tempo.

Nas laterais, Rafael foi bem pela direita e anotou o primeiro gol, enquanto Marcelo sofreu no segundo tempo, principalmente porque o camisa 11 do Egito, Salah, entrou bem na partida e mostrou habilidade pelo lado do campo.

“Se o Marcelo e o Rafael estão voltando correndo para fechar, já tem algo errado. Não é para dois atacarem ao mesmo tempo. Existem momentos que não é para apoiar tanto e tem que se fazer a leitura correta. Normalmente usamos mais o lado esquerdo, porque o Marcelo tem essa vocação”, ponderou Mano.